Dani (3 de 12)

 

Uma das vertentes da consultoria de imagem que mais gosto de falar é sobre consumo consciente. Vibro de alegria, com a sensação de missão cumprida, ao receber das minhas queridas clientes mensagens como essa:

“Realmente você ajudou a mudar a minha forma de pensar. Acabei de passar três semanas nos EUA. Resultado de compras?! Dois vestidos, duas camisetas e um tênis de corrida. Obrigada, Dani, por essa transformação! Nunca me imaginei voltando de uma viagem de férias em que as compras não ficaram em primeiro ou segundo plano. Como é bom e satisfatório pensar antes de comprar!”

Ter uma boa apresentação pessoal não é sinônimo de guarda-roupa cheio, tampouco guarda-roupa recheado de itens da moda. Atualmente, a indústria da moda é conduzida pelo conceito de moda de curta duração. Enquanto as nossas mães e avós compravam peças de coleções únicas para inverno e verão, hoje somos bombardeados pelas principais redes de fast fashion com um ciclo de lançamentos de 52 estações por ano. Tudo para que os consumidores se sintam desatualizados e comprem algo novo a todo e qualquer momento.

Para evitar se deixar seduzir pelos lançamentos e não comprar além do necessário, é importante ter consciência do seu estilo, saber as peças que lhe caem bem e, principalmente, manter um guarda-roupa funcional: peças que combinem entre si, priorizando a qualidade em vez da quantidade, distribuídas em 50% de itens atemporais, 40% de calçados e acessórios e apenas 10% de fast fashion. Ao colocar em prática esses macetes, a ideia de que você nunca tem nada para vestir e sempre precisa de algo novo começa a desaparecer.

Em outras palavras, o segredo é olhar para o seu armário e perceber que todas as peças que estão lá são as suas favoritas, porque tem qualidade e bom caimento, expressam a sua personalidade, valorizam as suas características e estão coerentes com os seus objetivos profissionais e pessoais. Essa é a fórmula da boa apresentação pessoal!

De certo modo, a ideia do guarda-roupa funcional e do consumo consciente vai ao encontro da proposta de estilo de vida minimalista. Segundo o site vidaminimalista.com, “Ter uma vida minimalista é não se deixar levar pela correnteza. É comprar sem culpa, mas com consciência, sabendo que aquilo que está adquirindo é realmente útil e necessário. É saber que, para tudo o que temos em casa, há uma finalidade. É não deixar objetos e roupas estagnadas num canto, acumulando poeira, enquanto há tantos que precisam.”

Se você leu o post até aqui e gostou do assunto, eu gostaria de fazer um convite: assista ao documentário The Minimalists, disponível no Netflix. O filme traz uma abordagem sensacional e esclarecedora sobre o consumo consciente num mundo em que a boa aparência é fundamental, mas a vida deve ser conduzida com um propósito muito maior do que apenas consumir.

Depois volta aqui pra me contar o que achou 😉