Resultados vão além da estética; técnica atua na liberação do diafragma e melhora da capacidade respiratória, essenciais para o desempenho dos atletas

Você já deve ter ouvido falar em barriga negativa, não? E pode ter pensado: “Meu Deus, é preciso parar de comer para ter uma dessas!” Hoje, vamos falar um pouco mais sobre a técnica Low Pressure Fitness (LPF), conhecida como técnica da barriga negativa, que tivemos o prazer de conhecer.

O que é o LFP?

Baseado na técnica hipopressiva – vácuo abdominal com a ajuda da respiração -, o LPF combina técnicas posturais, de alongamento miofascial, de respiração e mobilização, um misto de yoga com RPG. Com resultados expressivos na Europa, a modalidade chegou ao Brasil com o objetivo de prevenir patologias, bem como melhorar performances esportivas e estéticas, embora tenha se tornado popular por causa da “barriga negativa".

Principais benefícios

– diminuição da circunferência abdominal e tonificação do abdômen (quem não quer?)

– melhora da capacidade cardiorrespiratória

– recuperação da musculatura abdominal no pós-parto

– fortalecimento do assoalho pélvico e as musculaturas internas (previne a incontinência urinária e melhora funcionamento do intestino)

– melhora da postura e diminuição de dores na coluna

– estabilidade e fortalecimento do core (centro do nosso corpo)

– ajuda na vascularização sanguínea

Como funciona a prática do LPF?

A técnica é um sistema de treinamento respiratório e postural. Consiste em apneia expiratória com a sucção do abdômen e abertura costal em diversas pautas posturais. As aulas têm duração de 30 minutos e devem ser feitas uma vez por semana.

“A realização do LPF exige acompanhamento para não ser realizada de forma errada e para que os resultados apareçam”, explica a fisioterapeuta Luana Fabiano, que aplica a técnica em Curitiba, no seu estúdio no bairro Mossunguê e em atendimento domiciliar. Luana também comenta que, além da respiração, existe uma série de orientações, como posicionamento dos braços, pés, queixo e ombros que devem ser respeitados.

Quando executada, a técnica faz um estiramento das tensões musculares, o que aumenta a mobilidade do corpo e reduz os desconfortos na musculatura e nas articulações. Além dos encontros semanais, a instrutora recomenda realizar pelo menos 5 minutos da prática diariamente, em casa, baseado nos aprendizados da semana. “As posturas são variadas – deitada, sentada, ajoelhada, em pé -, e o grau de dificuldade vai se intensificando de acordo com a prática e o aprofundamento da técnica”, afirma a fisioterapeuta.

Como beneficia na corrida

O hábito esportivo, quando realizado com frequência, pode aumentar a pressão interna da cavidade abdominal e causar hérnias dos mais variados tipos (discal, abdominal, vaginal, entre outras). A prática do LPF pode prevenir o surgimento dessas patologias, com a normalização das pressões internas e tonificação da região do core. “A técnica trabalha com o reposicionamento dos órgãos. Com menos pressão sobre eles, a estrutura do corpo se modifica e a postura fica mais alinhada”, diz Luana.

O LPF também trabalha com a liberação miofascial do diafragma, muito importante para atletas, pois possibilita maior mobilidade do músculo, aumentando a capacidade respiratória, descomprimindo a lombar e melhorando a gestão de pressão interna. Além disso, favorece uma melhor execução dos movimentos e diminuição da tensão músculo-articular.

Estima-se que, por trabalhar em apneia, a técnica aumente os glóbulos vermelhos no sangue, que são justamente os responsáveis por transportar o oxigênio no corpo. Dessa forma, a performance se otimiza, especialmente alinhada aos aspectos posturais e musculares.

Para conhecer mais sobre a técnica, visite o perfil @lu_fisiofit no Instagram.