Engana-se quem acha que correr é apenas calçar um par de tênis e ir para a rua. Não que isso não seja possível, mas para uma boa performance e pensando nos cuidados com o corpo, aliar uma segunda atividade, como o pilates, à corrida é muito positivo. A fisioterapeuta Patrícia Iara, responsável pelo Studio Neoville Pilates, listou uma série de benefícios que os corredores podem colher com a prática de pilates:

Melhora da respiração: durante os exercícios de pilates, a respiração é um fator primordial, já que todo movimento é executado em sincronia com a inspiração e expiração, que deve ser feita de forma lenta e profunda. O resultado é o aumento da ventilação pulmonar, o que evita fadigas. Exercícios de alongamento também promovem maior abertura da caixa torácica, melhorando a capacidade pulmonar do atleta.

– Concentração: o trabalho de executar um movimento suave, associado com a contração da musculatura abdominal, em sintonia com a respiração, faz com que o atleta aprenda a focar nas contrações, que permitem uma postura correta. Isso resulta em menos gasto energético e evita tensionar grupos musculares na corrida, como a região de coluna cervical e de ombros.

– Fortalecimento: os exercícios do pilates permitem trabalhar diferentes grupos musculares em um só movimento. Esse equilíbrio oferece fortalecimento e flexibilidade para todo o corpo, prevenindo lesões e aumentando a resistência muscular, auxiliando nas corridas mais longas e no impacto nas articulações.

O Power House (musculatura estabilizadora do tronco) é trabalhado em todos os exercícios, e o resultado desse fortalecimento é a melhor sustentação do corpo e controle da postura, deixando os movimentos mais fáceis e com menor gasto energético. O diafragma também é fortalecido na contração do Power House, ajudando no controle da respiração. No pós-treino, a metodologia auxilia para o relaxamento dos músculos, alongando todos os membros e aliviando a fadiga e as dores musculares.

Fique atento com o seu corpo

É normal que os corredores se preocupem com as pernas – panturrilha, anterior da coxa, tornozelo -, mas é sempre bom salientar que o corpo todo deve ser lembrado. “Falta de flexibilidade e força de tronco e membros superiores podem influenciar diretamente na corrida, gerando maior gasto energético e tensões musculares, levando a dores durante a corrida ou no pós-treino”, diz Patrícia.

Pilates é só alongamento

Existe esse mito de que o pilates só trabalha o alongamento, e isso não é verdade. Não existe um protocolo específico para os corredores, até porque cada aluno é individual e tem suas limitações, mas é possível mesclar exercícios que trabalhem o corpo todo em prol da performance nas corridas.

“Damos um foco especial para a musculatura do core (músculos abdominais, estabilizadores da coluna superficiais e profundos), pois sem a sustentação do tronco a tendência é aumentar o ângulo de flexão da coluna, trazendo estresse para o quadril e coluna lombar”, explica a fisioterapeuta. O músculo glúteo médio também deve ser trabalhado, pois tem como função a estabilidade do quadril. A musculatura anterior de coxa (quadríceps), a musculatura da panturrilha (tríceps sural) e anterior da perna (tibial anterior), também são mais enfatizadas.

“É possível usar acessórios, como a bola suíça, faixas elásticas, discos proprioceptivos, entre outros, visando o condicionamento dos principais grupos musculares, além de fazer exercícios que simulam os movimentos da corrida”, complementa. Em relação à frequência, Patrícia diz que tudo vai depender dos objetivos. “É importante fazer um cronograma, de preferência junto do profissional, pois cada tipo de corredor tem uma periodicidade. Mas é tranquilo mesclar os treinos, as aulas de pilates, sem esquecer os dias de descanso, que também devem fazer parte do treinamento”.

O Studio Neoville Pilates fica no Neoville Center Mall. Para conhecer a metodologia do pilates agende uma aula experimental gratuita pelo (41) 99899-3585.