O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um transtorno de ansiedade que faz o cérebro ficar focado em alguns medos ou obsessões. Quem tem TOC acredita que algo ruim pode acontecer caso esses ritos não sejam feitos. Alguns hábitos comuns são lavar as mãos várias vezes e checar se a porta está fechada. Caso a criança seja impedida de fazer o ato, a ansiedade fica mais forte e o comportamento obsessivo pode piorar.
Em relação ao ambiente escolar, a criança não tem o aprendizado pedagógico prejudicado. Porém, é provável que o rendimento escolar fique comprometido diante do pensamento obsessivo ou do perfeccionismo ao escrever uma palavra. Outro ponto é ter medo de utilizar alguma palavra achando que esta pode levá-lo a uma situação de tragédia.  Ao ficar presa nesses detalhes, ela não aproveita o conteúdo dado em sala de aula.
As crianças não sabem passar a mensagem que tem TOC para os adultos. Os pais e educadores que acabam percebendo alguns traços incomuns. Esses sinais podem ser dores de cabeça, dor de barriga, tristeza repentina e angústia.
O tratamento é multidisciplinar e o acompanhamento do psiquiatra infantil é muito importante, bem como do psicólogo. Esse cuidado é fundamental para evitar problemas na vida acadêmica, emocional, social, profissional, quando adulto, e afetiva.

Luciana Brites é especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação Ispe – Cae São Paulo. Além disso, é coordenadora do Núcleo Abenepi em Londrina