Um das propostas para a proteção animal do candidato do PSL

Uma proposta do candidato a prefeito de Curitiba pelo PSL, Fernando Francischini, pretende autorizar a criação de animais de estimação, em Curitiba. Ironicamente esta medida é um dos compromissos de campanha voltados à proteção animal. Os protetores animais e Ongs do segmento se posicionam contra a procriação de pets e o comércio deles e incentivam a adoção responsável. A proposta do candidato do PSL também contraria a legislação vigente conforme a lei 13.914 – 2011, que proíbe a criação e disciplina o comércio de animais de estimação na capital paranaense.  

Para saber o que pensam os outros candidatos à Prefeitura de Curitiba, o Blog Papo Pet perguntou qual a opinião deles sobre a criação de animais de estimação na cidade, considerando que já existe uma legislação que proíbe a prática.  

A FAVOR da criação de animais de estimação em Curitiba

– FRANCISCHINI (PSL)

O Blog fez contato com a campanha de Francischini para saber qual a justificativa para esta proposta. Até o momento, não houve retorno.

– PAULO OPUSKA (PT)

“A lei municipal deveria estabelecer condições especiais para a criação comercial de certos animais domésticos no território de Curitiba. A proibição generalizada, se bem evita situações que põem em risco a saúde pública, fere o direito individual de criação comercial de determinados animais, como cães e gatos, que – devemos reconhecer- ocorre na prática. É melhor regular e fiscalizar a criação comercial, inclusive cobrando taxas e aplicando multas, que relegar essa prática à clandestinidade. É necessário recolocar em discussão o tema com a sociedade e modernizar a legislação. E, paralelo a isso, incentivar a adoção de animais para que a cultura vá se alterando”

CONTRA a criação de animais de estimação em Curitiba 

– CAROL ARNS (Podemos) – “Faço parte da legião que tem zelo, respeito e apreço pelos animais.  Sou contra ter fábricas de filhotes para comercialização. Em vez disso, vou apoiar soluções para promover a adoção e o cuidado dos animais”.

– CHRISTIANE YARED  (PL) – “Somos radicalmente contra criadouros de animais em Curitiba. Porque não vamos tratar animais como bichos e sim com o respeito que tem que existir para termos um convívio harmônico. Quem quer criadouros é porque quer fazer do animal aquela coisa de bicho. Nós não pensamos assim. Nossa concepção dos pets inclui um registro único para todo animalzinho curitibano. Esse registro vai ter o controle de todas as vacinações, que serão feitas de forma pública, através de projeto público-privado que vai envolver as universidades”

– GOURA (PDT) – “Vale lembrar a importância de uma discussão ampla sobre os direitos dos animais, sobre uma educação ambiental que trate os animais como seres sencientes. Só assim poderemos ter uma política pública séria nesse sentido. E posturas de verdade, para tratar os animais com a dignidade que eles merecem, passam também pela proibição de criação de filhotes para fins comerciais. Na minha opinião, isso é inconcebível. Os animais não podem jamais ser vistos como objetos, cuja tarefa é apenas nos proporcionar entretenimento. Se queremos tratá-los com carinho, que seja de uma forma ampla, a começar pelo respeito que eles merecem como seres vivos, pois possuem uma missão especial entre nós: dar e receber carinho e amor”.

– GRECA (DEM) – “A Rede de Proteção Animal de Curitiba é referência em todo o país e nosso papel como Poder Público é fiscalizar e fazer cumprir a lei válida, que hoje restringe a criação e estabelece as regras para a venda de animais. Nos últimos quatro anos, o município desenvolveu várias ações de orientação e de fiscalização, com criadores buscando se regularizar, transferindo toda a estrutura para municípios com zona rural compatível com a criação de animais. Campanhas de adoção e guarda-responsável, implantação da Unidade de Resgate Animal e o maior programa de castração gratuita da história de Curitiba são exemplos da excelência da minha gestão na atenção aos animais”.

– PROF. MOCELLIN (Partido Verde) – “Eu sou contra a criação de animais de estimação para venda em qualquer lugar, não só em Curitiba. A Lei não resolve porque criam animais na região metropolitana e vendem na cidade. Os animais acabam sendo criados em situações precárias, em criadouros clandestinos, ou na região metropolitana, e comercializados na cidade em larga escala. Como regra, sou contra a venda de animais e a forma como são expostos à venda. Sou a favor da adoção responsável dos animais que já existem. Acredito que a reprodução para venda é negativa, pois aumenta um problema já existente: a superpopulação de animais domésticos. Todos sabem que mesmo animais de raça são abandonados. A reprodução para venda não ajuda em nada a causa animal, somente contribui para a exploração de seres inocentes que muitas vezes procriam em condições péssimas, para satisfazer a ganância dos donos”.

– SAMARA GARRATINI (PSTU) – “Nós defendemos uma relação de fato responsável com a natureza e consequentemente com os animais. Achamos um absurdo pensar a criação de animais somente como mercadorias, para tudo existe uma função social. Em relação à criação de pets precisamos levar em conta a saúde e o bem estar dos animais e, portanto manter a proibição de criação destes dentro da cidade é necessário que eles tenham espaço e segurança, mantendo assim a criação somente na área rural”.

NÃO SE POSICIONOU CONTRA OU A FAVOR sobre a criação de animais de estimação em Curitiba:

– DR. JOÃO GUILHERME (Novo) – “A principal questão é pensar no bem-estar dos animais, na integridade fisiológica e emocional e nas relações sociais dos animais. A Lei em si não é pauta de campanha. Antes de tomar decisão a respeito de qualquer proposta de mudança, é preciso dialogar com todas as partes envolvidas na causa animal: população, criadores e protetores, para que se possa atender da melhor forma as necessidades dos animais”.

Não responderam:

  • Camila Lanes (PC do B)
  • Eloy Casagrande (Rede) 
  • João Arruda (MDB)
  • Letícia Lanz (Psol)
  • Marisa Lobo (Avante)
  • Zé Boni (PTC)

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