Polícia Civil

Uma funcionária comissionada da Assembleia Legislativa (Alep) está entre os presos em uma operação da Polícia Civil que investiga quadrilha suspeita de explodir caixas eletrônicos e roubar carros-fortes em Curitiba e Região Metropolitana. 

De acordo com a Polícia Civil, a mulher de 47 anos foi presa com outras quatro pessoas na sexta-feira (20), durante a Operação "Baixa Ordem". A informação foi confirmada pela polícia nesse sábado (21). Eliana Benedita Correa está lotada na Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais, de acordo com o portal da Assembleia. O deputado Raska Rodrigues (PV), que é presidente da comissão, informou ao Portal G1 que Eliana deve ser demitida sumariamente.

A mulher também já trabalhou como assistente de gabinete do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB), líder do governo Beto Richa, na Assembleia. Romanelli afirmou que durante o período em que ela exerceu a função na Liderança do Governo sempre se mostrou uma boa funcionária. A reportagem não conseguiu contato com a defesa da suspeita.

Investigação

A polícia suspeita que estes criminosos tenham explodido o caixa eletrônico do banco de Rio Branco do Sul ocorrido na madrugada de quarta-feira (18) e em outros seis bancos, além da tentativa de roubo de um carro forte na BR-376 próximo a Colônia Witmarsum, em Palmeira, nos Campos Gerais, em fevereiro deste ano. 
  
A ação policial aconteceu em Curitiba e Região Metropolitana. Com os presos, os policiais do Cope apreenderam quatro carros de luxo e uma pistola. Entre os detidos está um vigilante que trabalha numa empresa de segurança e dava apoio à quadrilha observando a movimentação da polícia. Duas pessoas da organização criminosa não foram encontradas e estão foragidas da Justiça.  

A investigação do Cope começou logo após a explosão de um caixa eletrônico em outubro de 2017 na cidade de Rio Branco do Sul. No mesmo dia, a Polícia Militar prendeu Éderson Machado Corrêa, vulgo “bebezão”. Com ele os policiais apreenderam um fuzil, colete a prova de bala, munição e uma sacola com dinheiro picado.   

No momento da prisão, “Bebezão” conseguiu quebrar o aparelho celular. Os policiais do Cope, no entanto, conseguiram recuperar grande parte dos dados armazenados no telefone de “Bebezão” e pouco a pouco começou a identificar cada um dos integrantes da quadrilha e culminou com a deflagração da operação nesta sexta. 

A ação policial, que contou com 60 policiais do Cope, foi batizada como "Baixa Ordem" que é uma expressão usada quando o explosivo não funciona adequadamente.