Sicride

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) reabriu a investigação do caso de Luana de Oliveira Lopes, desaparecida há quase 17 anos. A menina desapareceu quando tinha 8 anos, no município de Florestópolis, no Norte do Estado. Agora, uma mulher, de 24 anos, reapareceu no último sábado (7), naquele município, dizendo ser Luana. A polícia já colhe depoimentos da mulher e de familiares. Além disso, foi solicitado um exame de DNA para comprovar a identidade da mesma e confirmar se trata-se de Luana. O caso está sob responsabilidade do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), da Polícia Civil. 

“De 2003 para cá, a Polícia investigou o caso. Para nós, da Polícia, não havia suspeito. Até que no fim de semana, apareceu um jovem com idade compatível com a idade de Luana, após suspeitar que não era da família com quem vivia no Rio de Janeiro. Ela não sabe informar detalhes dos primeiros anos de vida. Uma tia no leito de morte teria confirmado as suas suspeitas afirmando que ela não era filha de quem pensava”, explicou a delegada responsável pelas investigações, Patrícia Paz.

O pai da mulher faleceu quando ela tinha 15 anos de idade. “A medida agora é o este do DNA. Só vai ser possível que a gente continue a investigação para apurar as responsalidades”, disse a delegada. Segundo Patrícia, a família de Luana foi muito receptiva e aguarda ansiosa o teste de DNA: “Eles sabem que pode não ser Luana, mas estão ansiosas”. 

As investigações sobre se a família com quem a mulher viveu foi responsável pelo sequestro dela dependem do exame de DNA. Também foi solicitado um exame prosopográfico, que realiza uma comparação entre fotografias faciais para verificar se duas imagens pertencem a mesma pessoa.

Relembre o caso

Luana e o irmão, na época com 10 anos, saíram de casa,na área rural  de Florestópolis, de por volta das 9 horas, para buscar leite na propriedade vizinha no dia 16 de novembro de 2003. Segundo informações do boletim de ocorrência, feito na época, os dois foram abordados e raptados por um caminhoneiro na rodovia que liga Florestópolis a Prado Ferreira. O menino foi amarrado na carroceria do caminhão e Luana foi presa dentro da cabine. Depois de se afastarem do local do sequestro, o caminhoneiro então agrediu o menino e soltou, mas levou Luana. O caso nunca foi resolvido.