O deputado estadual Homero Marchese (PROS) – que não conseguiu discursar durante a votação do projeto do governo que extinguiu a licença-prêmio dos servidores públicos estaduais, na terça-feira, em razão das vaias dos manifestantes contrários à proposta, ameaçou ontem ir à Justiça para coibir manifestações na Assembleia que impeçam os parlamentares de se pronunciarem em plenário. Ele cobrou ainda providências do presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), contra esse tipo de manifestação.
“Eu quero ter o direito de trabalhar. Eu sou parlamentar, trabalho com a fala. Não podemos aceitar que esse tipo de coisa aconteça. Eles têm o direito constitucional de se manifestar, mas eu tenho o direito de trabalhar”, afirmou Marchese. “Se não for possível que eu trabalhe eu vou ingressar com uma ação judicial para no Tribunal de Justiça para que garanta o meu trabalho. E se os manifestantes entrarem com ação judicial para ocupar o plenário eu peço o senhor e à Assembleia que indique esse meu desejo”, disse ele. “Se eles têm o direito de se manifestar, eu também tenho o direito a trabalhar. Aqui não pode ser a Casa da minoria, como também não pode ser a Casa da maioria”, alegou o parlamentar, que votou favoravelmente ao projeto do governo.
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