A senadora paranaense e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, divulgou hoje vídeo na qual afirma que as acusações do Ministério Público Federal na operação Lava Jato contra ela e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, que vão à julgamento nesta terça-feira, na 2ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF), são parte de um processo de perseguição contra o PT. Ela também atribuiu as denúncias à sua defesa da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

Gleisi é acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por ter supostamente recebido R$ 1 milhão do esquema de corrupção operação pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para sua campanha eleitoral ao Senado de 2010.

"A cada dia fica mais claro que a acusação contra mim faz parte da tentativa da Lava Jato de atacar e criminalizar o Partido dos Trabalhadores", afirma ela no vídeo.

“Eles disseram que um ex-diretor da Petrobras, um tal de Paulo Roberto Costa, que eu não conheço, doou R$ 1 milhão em troca de usar minha suposta função pública em favor de sua manutenção na empresa. Em 2010, antes de me eleger senadora, eu não tinha função pública. Fazia quatro anos que eu não exercia nenhum cargo em nenhuma esfera de governo. Era impossível que eu utilizasse tal cargo público se eu nem tinha cargo. E não conhecia Paulo Roberto Costa”, garante a senadora.

"Hoje, eu sou alvo. E tenho certeza que é por se presidente do Partido dos Trabalhadores e por defender o presidente Lula e a sua candidatura pelo bem do Brasil", afirma. De acordo com a denúncia, foram feitos quatro pagamentos de R$ 250 mil em dinheiro vivo.