André Corrêa/Agência Senado

Em visita à 58º ExpoLondrina, o pré-candidato do PDT ao governo do Estado, ex-senador Osmar Dias, criticou o sucateamento e assumiu o compromisso de fortalecer as empresas públicas paranaenses. “Temos de adotar um modelo diferente de gestão do que o que foi praticado nos últimos oito anos. Pretendo fortalecer não só a Emater e o Iapar, que já foram referência e que hoje estão abandonados, mas a Copel e a Sanepar, onde o atual governo privilegiou os sócios privados em detrimento da população”, disse Osmar.

O ex-senadro citou o exemplo da Sanepar que, apesar de lucro de R$ 1 bilhão em 2017, teve as tarifas reajustadas em 135% nessa gestão, índice muito superior aos 53,8% da inflação acumulada no período entre 2011 e 2018, afirmou. Além disso, o governo reduziu o valor de consumo mínimo de água cobrado dos paranaenses, de 10metros cúbicos para 5 metros cúbicos, apontou o pedetista.

“Não é certo explorar o consumidor de água e esgoto com uma tarifa que teve reajuste de 135% para agradar acionistas privados”, disse. Em relação à Copel, Osmar criticou a redução da capacidade de investimento da empresa e deu exemplos da falta de melhorias na área rural. “Muitos agricultores não conseguem capitalizar suas propriedades porque só contam com energia monofásica e precisam ter energia trifásica para implantar granjas, por exemplo. O dinheiro foi tirado da Copel na forma de dividendos para ser distribuído sem nenhum destino ou projeto”, disse Osmar.

O pré-candidato também condenou a venda, por parte da Copel, de todas as ações que a companhia tinha da Sanepar por R$ 489,1 milhões, em dezembro do ano passado e o aumento da distribuição de lucro aos acionistas, em maio daquele ano.

“O único objetivo da venda das ações foi a intenção do governo de colocar dinheiro em caixa. Vários analistas do mercado entendem que não foi um bom negócio para a Copel. Também é muito questionável que o governo tenha atropelado uma decisão do Conselho de Administração da Copel e aprovado um aumento de 25% para 50% na distribuição dos lucros da Copel entre acionistas, A decisão trouxe prejuízos ao cronograma de investimentos que beneficiaram os paranaenses”, analisou.

Osmar também prometeu que, se eleito, não permitirá o loteamento de cargos públicos pelos partidos políticos. “A sociedade precisa ensinar aos políticos, que parece que ainda não perceberam, que quando são nomeados apadrinhados políticos que não têm capacidade técnica, quem perde é a população. O apadrinhado não tem compromisso com o serviço público ou com a população que paga seu salário, mas com quem o indicou. A raiz da corrupção está no loteamento de cargos. Se eu tiver apoio da sociedade, farei uma mudança radical e vou romper com esse modelo”, afirmou.