reprodução/facebook – “Rossoni: “Eu aparecia nas u00faltimas pesquisas todas em primeiro lugar como o deputado mais votado do Paranu00e1 na sexta-feira””

O deputado federal e ex-chefe da Casa Civil do governo Beto Richa, Valdir Rossoni (PSDB) – que não conseguiu se reeleger para a Câmara – voltou a atribuir a derrota na eleição à denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual contra ele no último dia 1º, sob acusação de envolvimento no esquema de desvio de recursos para construção e reformas de escolas públicas investigado na operação Quadro Negro. Na ação, o MP acusa Rossoni, o ex-governador Beto Richa (PSDB) e o deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Plauto Miró Guimaraes (DEM) e outras nove pessoas de improbidade administrativa em ação que corre na 5.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. As investigações têm como base as delações premiadas do dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza e do ex-diretor-geral da Secretaria de Educação, Maurício Fanini, e apura desvios de R$ 20 milhões entre 2012 e 2015.

Rossoni – que foi presidente da Assembleia entre 2011 e 2014, e deixou a Casa Civil do governo em abril para disputar a reeleição para a Câmara – teve 72.096 votos e não se reelegeu. Em 2014, ele havia sido o terceiro mais votado para deputado federal no Paraná, com 177.324 votos.

"Eu aparecia nas últimas pesquisas todas em primeiro lugar como o deputado mais votado do Paraná na sexta-feira. E a notícia da improbidade administrativa sendo noticiada de uma maneira bastante tendenciosa", afirmou o tucano, alegando que a imprensa teria divulgado "a palavra de um delator criminoso e mentiroso".

O deputado apontou ainda que das cerca de 20 pessoas ouvidas na investigação, apenas o delator citou seu nome. "Nenhum fez nenhuma menção ao meu nome. E todos foram questionados pelo Ministério Público se eu tinha participação nesse episódio. Nenhuma pessoa. Apenas o delator", argumentou. 

Rossoni afirmou ainda que o dono da construtora Valor, que foi liberado da prisão após acordo com o Ministério Público e a Justiça mediante uso de tornozeleira eletrônica não estaria cumprindo as determinações do Judiciário. "Eu posso afirmar que esse Eduardo, delator, não está cumprindo. Ele está saindo do perímetro, em lugares inadequados fora de horário", disse. 

O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen/PR) divulgou nota afirmando que "Todas as ocorrências relacionadas" a Eduardo Lopes de Souza "foram comunicadas ao Judiciário". 

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