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Em encontro com representantes da APP Sindicato e o deputado estadual Professor Lemos (PT), o novo secretário de Estado da Educação, Renato Feder, prometeu priorizar a valorização do professor, com promoções, cursos de formação fora do país e organização da vida letiva. Na reunião, ele anunciou que a distribuição de aulas para os professores da rede estadual de ensino para  2020 acontecerá ainda em 2019, em novembro. Até agora, a distribuição ocorria em janeiro.

Com a medida, os professores já saberão como ficará organizado o próximo ano letivo deles, antes de saírem de férias. “Faremos a distribuição antes do final do ano para que o professor já saia de férias sabendo como será o seu ano seguinte. E, no início do ano letivo, caso haja necessidade, haverá distribuição de aulas residuais de eventuais turmas que sejam consolidadas após este processo”, explicou Feder.

Outros temas debatidos na reunião foram a revisão do número de professores que dão aula em mais de uma escola; a jornada de trabalho; critérios para distribuição de aulas extraordinárias e a hora-atividade, entre outros.

Sobre a hora atividade, uma das principais reivindicações da categoria, Feder explicou que pretende, ao longo deste ano, promover um debate com os professores e diretores de escolas para construir um modelo de uso da hora-atividade que seja mais proveitoso tanto para os professores quanto para a rede de ensino. “Vamos pensar juntos este modelo para que seja colocado em prática a partir de 2020”, garantiu.

Mudança – O novo secretário demonstrou disposição de superar os conflitos que predominaram na relação dos professores com o governo anterior, de Beto Richa (PSDB), que culminaram no confronto de 29 de abril de 2015, no Centro Cívico, durante votação na Assembleia Legislativa, do ajuste fiscal proposto pelo tucano, e que resultaram em mais de 200 feridos. 

A direção da APP ressaltou para o novo secretário os impactos causados pelas medidas adotadas pelo governo do Estado desde a gestão Richa, que, segundo a entidade, reduziu a hora-atividade e passou a “punir” professores que tiveram necessidade de se afastar por motivo de doença. O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, destacou que, após a entrada em vigor, essas medidas têm apresentado reflexo direto na qualidade do ensino e principalmente causado o adoecimento dos trabalhadores.

O secretário prometeu analisar as questões apresentadas durante o encontro e realizar um novo debate com o Sindicato ainda esta semana para dar continuidade nas tratativas e avançar na discussão de outras pautas.