Com ingressos esgotados e limitadíssimos, o Tremendão Erasmo Carlos realizou curta temporada no Teatro da Caixa, em Curitiba, do dia 12 a 15 de dezembro. O local comporta pouco mais de 120 lugares, o que motivou a formação de longa fila no dia da compra das entradas, que estavam a um preço amigável (R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia), devido ao projeto cultural da instituição.

O compositor se apresentou no formato “piano e voz”, acompanhado de seu maestro, que recebeu constantes elogios no show devido sua trajetória ao lado do cantor. “Quero apresentar o maestro José Lourenço Positivo, que trabalha comigo desde 1985. Hoje vai me ajudar mais do que de costume, pois contrai uma forte gripe no dia de ontem e vocês também terão que me auxiliar”, afirmou Erasmo no último show, mais uma vítima do inconstante clima de Curitiba.

Realmente, não foi difícil perceber que o Tremendão sentiu certa dificuldade devido à gripe, mas executou seu set list com inúmeros sucessos da Jovem Guarda, composições compartilhadas com o Rei Roberto Carlos e canções também consagradas na década de 80. Aliás, em vários momentos fez piadas em relação a enfermidade. “Era terrível antes. Hoje não sou mais terrível. Quando era terrível não pegava gripe”, disse ele antes de cantar o clássico “Eu Sou Terrível”.

Da Jovem Guarda, inúmeros clássicos como “Minha Fama de Mau”, “Vem Quente que Estou Fervendo”, “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”, “Caderninho”, “Festa de Arromba”, “Eu Sou Terrível”, “Gatinha Manhosa”, “É Preciso Saber Viver” e sucessos posteriores como “Sentado à Beira do Caminho”, “Mesmo Que Seja Eu”, “Mulher (Sexo Frágil)” e “Minha Superstar”.

Para alguns puristas do rock ‘n’ roll, o formato “piano e voz” pode não agradar tanto, porém ficou nítido que o arranjo do maestro José Lourenço Positivo deu nova roupagem às canções, como em “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”, que foi bem aplaudida, com um arranjo pesado para a ocasião.

Mesmo com a forte gripe, Erasmo, aos 78 anos de idade, demonstrou que seu carisma e o valor das canções que compôs têm mais prestígio do que o perfeito desempenho vocal. Seu show intimista foi uma verdadeira celebração de quase 60 anos de rock nacional. E antes de Erasmo ser um cantor, é o “pai do rock brasileiro”.

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