A decisão de abrir uma empresa costuma vir acompanhada de alguma dose de insegurança.Captar investimento, assumir riscos e administrar finanças são atividades intensas. Ao tomar este caminho, muitos empreendedoresrecorrem ao apoio de amigos e, neste momento, a amizade se transforma em aliada nos negócios. Neste 20 de julho, Dia do Amigo, contamos a história de um grupo de ex-colegas que se uniu para fundar uma das maiores empresas do seu segmento no país, a OrthoDontic.

A fusão de papéis de amigos e sócios não deve ser vista com maus olhos. De acordo com uma pesquisa realizada pela MindMiners, 66% dos brasileiros querem empreender e, entre aqueles que precisam de sócios, 22% encontram nos amigos o suporte necessário. Foi mais ou menos este o enredo que resultou na criação da Orthodontic, hoje a maior rede de clínicas de ortodontia do país. Em 1999, os colegas do curso de Odontologia Fernando Massi, Ana Lúcia Massi, Claudia Consalter, Edmilson Pelarigo e Edilson Pelarigo queriam ir além dos consultórios particulares.

Na época, os serviços odontológicos não eram acessíveis a boa parte da população brasileira. Assim, com o objetivo de democratizar este acesso, em 2002, o grupo fundou a empresa. O sonho dos jovens amigos deu tão certo que a rede conquistou os sorrisos de milhões de clientes em todo o Brasil.

“Todos nós tínhamos uma inquietação criativa e empreendedora muito forte. Nós queríamos ir além do modelo de atuação que é apresentado na faculdade e, quando percebemos que o mercado tinha um potencial enorme para ser explorado, decidimos nos juntar para fazer a diferença”, conta o sócio Fernando Massi. “Em 2002 começamos com uma clínica pequena no Paraná e, hoje, estamos presentes em todo o País, com mais de 273 unidades.”

Um estudo realizado pelo Sebrae sobre a taxa de sobrevivência das empresas detectou que 23,4% não passam dos primeiros dois anos de vida. Entre os principais motivos está a falta de planejamento e gestão. Quando o empreendimento é uma sociedade entre amigos, a organização é ainda mais primordial para resistência do negócio, exatamente para evitar que as relações de amizade se confundam – e acabem por atrapalhar – a gestão.