Desde 2011, quando encantou com o projeto “Recanto”, Gal Costa vem mesclando o repertório de grandes sucessos com interpretações contemporâneas, mantendo-a sempre como referência da moderna música brasileira. Como diz Marcus Preto, diretor do disco e do show “A Pele do Futuro”, no projeto de agora “se fazem presentes e atuantes as ‘Gal Costas’ de todos os tempos: fatais, legais, índias, tropicais, profanas, plurais, estratosféricas. De ontem e de além”.
No generoso roteiro, que passa ao largo da previsibilidade, das 20 músicas tocadas, seis pertencem ao novo disco, enquanto as restantes deram conta de sintetizar os 53 anos de carreira da cantora. Com a inquietude que lhe é peculiar, Gal leva ao palco um feixe de canções que proporciona um diálogo entre os compositores da nova geração com alguns nomes da sua própria tribo. E mais plural que todas elas, Gal coloca a sua voz a serviço de temas assinados por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Silva, Dani Black, Djavan, Nando Reis, Jorge Mautner, Marilia Mendonça, Roberto e Erasmo Carlos, Dorival Caymmi, Moraes Moreira, Lupicínio Rodrigues, Ronaldo Bastos e César Lacerda, entre outros.
Pupillo, bateria e direção musical, recrutou uma banda de músicos jovens: Chicão (teclado), Pedro Sá (guitarra), Lucas Martins (baixo) e Hugo Hori (sax e flauta). O cenário é de Omar Salomão, filho do poeta Wally Salomão (1943 – 2003), que dirigiu Gal no histórico show Fatal.