Suzana Lobo inaugura no dia 7 de novembro, quinta-feira, às 20 horas, a exposição “O Tempo não para”. São cerca de 20 obras de sua produção recente, inspiradas na temática do tempo a partir da poesia de Mário Quintana. A mostra permanece aberta ao público até 30 de novembro.

Com uma carreira produtiva de mais de cinco décadas, Suzana Lobo tem uma obra consistente e de pequena produção. “Pinto verdades e não há verdades novas para serem ditas todos os dias”, explica. A artista, com trabalhos em alguns dos principais acervos brasileiros e internacionais e inúmeras premiações, costuma dizer que gosta de registrar o que a emociona.

Suas fases são bem caracterizadas e retratam com grande sensibilidade personagens vistos sob o olhar feminino e crítico da artista.  “A minha pintura é o que eu faço, a minha pintura sou eu”, diz. Há algum tempo sem expor, esta mostra mais uma vez explora as contradições, conflitos do ser humano com seu meio e a ambiguidade da mulher em diversos aspectos. A pureza das cores e traços evidenciam um momento extremamente rico da artista.

“Suzana Lobo engaja-se à vivência curitibana. […] De repente, também a atmosfera curitibana começa a invadir as cores. Em vez das gritantes e quentes cores cariocas, começam a acontecer os roxos, os turquesas, os verdes e rosas, transpirando e respirando a essência de nosso clima físico e mental”, comentou a crítica de arte Adalice Araujo (Ponta Grossa, 18 de setembro de 1931 – Curitiba, 8 de outubro de 2012) analisando a produção curitibana de Suzana em contraponto com o trabalho anterior da artista, no Rio de Janeiro.