
O conhecimento amplo das regras do jogo, os 32 árbitros participantes do 2º Curso de Capacitação para o VAR já trazem na bagagem conquistada ao longo da carreira. O desafio agora é outro: dominar a nova ferramenta para a utilização nas Quartas de Final da Copa do Brasil. Para assumir a função de árbitro de vídeo, os alunos desenvolveram habilidades específicas durante a imersão no Eco Resort Oscar Inn. O VAR, o árbitro de vídeo, é uma das atrações da Copa da Rússia.
Durante as atividades promovidas pela Comissão de Arbitragem da CBF e a Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, experientes árbitros brasileiros foram incentivados a trabalhar qualidades necessárias para um VAR. Além da agilidade e familiaridade com as imagens, outras competências foram aprofundadas como: controle emocional, concentração e clara comunicação.
Ao atuar diretamente com o sistema de vídeo, o árbitro (VAR) e seu assistente (AVAR) recorrem ao auxílio das imagens para corrigir possíveis equívocos em lances especificados no procolo: gol/não gol, pênalti, cartão vermelho e identificação do jogador advertido.
Acostumada a tomar decisões durante o jogo de futebol, a dupla da cabine precisa se manter com os olhos atentos ao monitor para não perder nenhum eventual erro óbvio e claro em situações crucias da partida e, oportunamente, sugerir revisões ao árbitro de campo. Para desempenhar a função com eficiência, o Instrutor VAR no Brasil, Manoel Serapião, destacou a importância do controle emocional.
"É fundamental para um árbitro de vídeo ter calma, controle emocional e objetividade. É preciso ter uma linguagem clara e objetiva para não perder tempo e interferir no andamento da partida", afirmou Manoel Serapião, que teve seu ponto de vista reforçado pelo instrutor Nilson Monção.
"Primeiramente, o árbitro de vídeo precisa ter muita calma, foco e atenção. Porque se ele não estiver concentrado no jogo, pode deixar passar um erro que influencie no resultado da partida", ponderou Monção.
Uma das responsáveis por instruir as turmas, Ana Paula também elencou as qualidades que julga ser essencial para se tornar um Árbitro de Vídeo. De acordo com a instrutora internacional, ter tranquilidade para analisar e selecionar a imagem mais esclarecedora é de suma importância para o VAR e AVAR.
"Para assumir essa nova função tem que ser um árbitro frio, sereno, que consiga controlar o pico de ansiedade, de saber que tem um assistente ao lado dele. Que ele tem que verificar não a primeira imagem, mas a melhor imagem, que de fato dará a resposta necessária", destacou Ana Paula.
O 2º Curso de Capacitação de Árbitros Assistentes de Vídeo, organizado pela Comissão de Arbitragem da CBF e a ENAF, segue até o próximo domingo, 8 de julho. Este é o último treinamento antes da implementação do VAR nas Quartas de Final da Copa do Brasil 2018, que começam no dia 1º de agosto.