O show Um Filme é o que Ana de Hollanda apresenta a partir de hoje em Curitiba, em uma curta temporada de final de semana, no Teatro da Caixa. Herdeira de um sobrenome mais do que forte na cultura e intelectualidade brasileiras –  é irmão de Chico e filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda – a cantora e compositora, começou a cantar ainda criança. Algo meio inevitável diante da riqueza dos saraus familiares que presenciou. Para este show, ela estará acompanhada pelo trio formado pelo pianista e arranjador Helvius Vilela, pelo contrabaixista Novelli e pelo baterista Fernando Pereira.

No repertório, além de algumas canções do último CD e dos anteriores, interpretará  obras dos melhores compositores da música popular brasileira. Ela aproveita a ocasião para mostrar, também, suas parcerias inéditas, incluindo as feitas com Hélvius Vilela e Novelli, dois grandes músicos e compositores que estarão no palco acompanhando-a.
Sua estréia nos  palcos foi adolescente, aos 16 anos,  no conjunto vocal As Quatro Mais que acompanhava Chico. Ficou um bom tempo cantando em coros e em discos e shows de gente consagrada, mas em 1980 decidiu se embrenhar no primeiro disco, que ganhou sem nome, um lançamento do Selo Eldorado.

O segundoálbum, já em Cd, Tão Simples, foi veio, pela Movie Play, em 1995, e foi bem recebido pela crítica, que gostou especialmente de sua voz doce, intimista e, não podia ser diferente, muito afinada. Nesses anos, Ana de Hollanda se apresentou em quase todos os estados do Brasil, assim como no exterior e tem feito participações especiais em coletâneas e diversos discos de outros artistas. Além dos 16 anos de aulas de técnica vocal, estudou teatro, onde atuou algumas vezes, principalmente em musicais.

Em Um Filme seu mais recente CD, foi que ela estreou também como compositora. Em “Girando sob a Tempestade”, fez letra e música, inspirada numa tempestade de granizo de uma tarde do verão do início de 2000. A partir de uma canção de Kleber Costa, compôs “Contra Mim” e letrou para Jards Macalé o samba que dá nome ao CD e ao show – “Um Filme” – uma fantasia ou uma lembrança possível. Além dos arranjos do produtor Marco André, o trabalho contou com outros de Maurício Carrilho, Fernando Merlino, e ainda dos próprios autores Guinga, Jards Macalé, Kleber Costa e Moacyr Luz. Depois do Brasil, o disco foi lançado em vários países, incluindo as gravadoras Inpartmaint no Japão e Poloarts na China, sendo considerado um sucesso de crítica.

SERVIÇO
Ana de Hollanda. Sexta e sábado às 21h e domingo às 19h. R$10 e R$ 5 (clientes, idosos e estudantes). Teatro da Caixa (R. Conselheiro Laurindo, 280). Informações: (41)  2118-5111 e 2118-5233.