Depois de vencer o Goiás no Estádio da Serrinha, neste domingo, 13, o técnico Rogério Ceni, fez um balanço da temporada do o São Paulo, em entrevista coletiva. Ele afirmou que ausência time no G-8 do Campeonato Brasileiro, que daria ao tricolor a possibilidade de disputar a pré-Libertadores no ano que vem, se deve à perda de pontos durante o ano e às decisões que ele se sentiu obrigado a tomar na temporada. Embora considere que seja cedo fazer previsões e traçar objetivos para 2023, ele tem a certeza que será um ano mais difícil para todos os clubes, em razão das presenças de Cruzeiro, Grêmio, Vasco e Bahia na Série A.

“Tem vários jogos que estivemos na frente, com chance de decidir e não fizemos. Não foi hoje que deixamos de chegar entre os oito. Foi ao longo da temporada. Em alguns jogos tivemos muitas oportunidades criadas, mas faz parte do futebol”, disse o treinador são-paulino. “Um gol sofrido no último minuto, um gol feito no último minuto. Essa é a diferença entre estar, ou não, na pré-Libertadores”, acrescentou.

Tropeços na reta final (o São Paulo conquistou quatro pontos nos últimos 12 disputados) contribuíram para o time do Morumbi terminar o torneio na modesta 9ª colocação e fechar a temporada apenas com uma vaga para a Copa Sul-Americana assegurada. Com a vitória sobre o Santos, na Vila Belmiro, quem terminou o campeonato entre os oito melhores foi o Fortaleza.

Ceni ainda atribuiu o insucesso do São Paulo ao número de lesões – foram 13 desfalques para o jogo deste domingo – e a incapacidade de ter um elenco capaz de brigar em todos os campeonatos ao mesmo tempo. A equipe chegou a semifinal da Copa do Brasil e a final da Copa Sul-Americana, perdida para Independiente Del Valle no começo de outubro.

“Não se pode abrir mão da tentativa de um título internacional. Nessa reta final, deixamos de contar com muita gente e perdemos pontos importantes”, disse o treinador, que reconheceu que a classificação no campeonato nacional foi aquém do esperado e que o time pecou nos últimos jogos do ano.

“Um nono lugar de Campeonato Brasileiro, (a gente) não pode achar isso bom, mas nós chegamos nas competições paralelas. Eu acho que, em determinado momento, esse time mostrou bastante personalidade e teve muita vontade de vencer. Faltou um pouco mais de força nos três jogos mais difíceis”, disse Rogério em referência às derrotas para Fluminense e Internacional e ao empate contra o Atlético-MG.

BRASILEIRÃO CONCORRIDO

Para o treinador são-paulino, a próxima temporada será mais difícil, não apenas para o São Paulo, mas para todos os times. “Sobem Grêmio, Bahia, Vasco e Cruzeiro, times com camisa e tradição. Automaticamente, torna o Campeonato Brasileiro mais concorrido. Só esse fato torna o ano de qualquer um mais difícil.”

O comandante do São Paulo entende que, em campo, o time precisa melhorar na velocidade das transições ofensivas e também na marcação. Porém, ele enxerga também que a construção de jogadas foi uma característica que evoluiu do seu time do ano passado para 2022.

Sobre a saída de jogadores, Rogério foi econômico. Admitiu a possibilidade de Miranda e Luizão se despedirem do clube, mas não acredita que o elenco chegue a perder 10 atletas. O técnico disse que,para o próximo ano, gostaria de poder contar mais com Arboleda, que se lesionou em junho e não atua pelo São Paulo desde então.

“Tivemos algumas, e devemos ter outras saídas. Vai depender muito do quanto assertivo a gente for naquilo que a gente for buscar no mercado. Normalmente, não dá para contratar os jogadores que a gente pede devido à concorrência. Vamos ter que achar peças alternativas para compor um elenco que dê mais chances de mudanças de jogo.

Questionado, ele evitou traçar objetivos para 2023 por considerar cedo para isso: “É uma incógnita ainda. Vamos descobrir lá pelo dia 2 de janeiro o que conseguimos avançar. Hoje, é impreciso dizer sobre o ano que vem.”