O técnico da Croácia, Zlatko Dalic, questionou a escalação do árbitro catariano Abdulrahman Al-Jassim para apitar a disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo, entre os croatas e a seleção do Marrocos, às 12 horas (de Brasília) deste sábado. Sem dar detalhes sobre o motivo da insatisfação, Dalic disse ter achado a escolha arriscada.

“Para ser sincero, a Fifa assumiu um risco enorme. Não quero subestimar ninguém, mas espero que depois da partida a gente não precise falar da arbitragem”, afirmou o treinador croata em coletiva de imprensa nesta sexta-feira. Após a semifinal contra a Argentina, ele criticou bastante a atuação do árbitro italiano Daniele Orsato, pois considera que o pênalti a favor dos argentinos foi marcado equivocadamente.

No jogo de sábado, Abdulrahman Al-Jassim será auxiliado pelos compatriotas Taleb Al-Marri e Saud Al-Maqaleh, com o brasileiro Raphael Claus como quarto árbitro. Na cabine do VAR, Bruno Pires é outro integrante brasileiro da equipe.

Independentemente da atuação da arbitragem, os croatas esperam fazer um jogo à altura do que deverá ser a despedida, em partidas de Copa do Mundo, de alguns dos mais talentosos jogadores da sua história, como Luka Modric e Ivan Perisic. “Queremos que a Croácia continue a ter o seu lugar no pódio mundial”, disse Dalic.

Segundo o treinador, para a partida contra os marroquinos, a Croácia terá de jogar com inteligência. “Além de redobrar a nossa atenção na defesa, para fechar os espaços para os marroquinos, nossa equipe terá que ter paciência para encontrar oportunidades para marcar gols. Nosso estilo de jogo terá que ser de posse de bola, com ataques verticais e objetivos, quando tivermos os contra-ataques”, disse.

Dalic aposta no contra-ataque, como o que deu a vitória à sua seleção contra o Brasil, nas quartas de final, como a arma mais letal para definir o resultado. “Vimos nessa Copa do Mundo que equipes que tinham mais a posse de bola, como a Espanha, que chegou a tocar 900 vezes na bola contra o Marrocos, perderem. Para mim, a velocidade nos contra-ataques e nas transições saem como o estilo de jogo mais eficiente, depois deste Mundial”, afirmou.