A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, não deve dificultar a saída de Abel Ferreira caso ele seja escolhido como substituto de Tite na seleção brasileira. Em entrevista na zona mista do Allianz Parque após o título brasileiro e a goleada sobre o Fortaleza, a dirigente disse que seria uma honra liberar o português multicampeão para a CBF, embora deseje que ele fique no clube por muitos anos.

“Claro que eu liberaria, é óbvio que sim. Seria uma honra para qualquer profissional e para o clube ter um técnico representando o nosso país. Na minha cabeça, pretendo manter não só o Abel, mas os profissionais que trabalham conosco. Ninguém faz nada sozinho, é um grupo de pessoas extremamente capacitadas. Quero que toda essa equipe fique conosco o máximo de tempo possível”, afirmou.

A possibilidade de Abel ser o próximo treinador da seleção vem sendo levantada em razão de seu grande sucesso no futebol brasileiro, mas, até o momento, está no campo das especulações. Agora campeão nacional, ele já havia celebrado duas Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, uma Copa do Brasil e um Paulistão. Por causa das conquistas, renovou com o Palmeiras em março.

Como tem contrato até o fim de 2024, precisaria entrar em um acordo com a diretoria palmeirense caso realmente fosse convidado para assumir a seleção. Tite já deixou avisado que deixará o comando após a Copa do Mundo do Catar, que começa a ser disputada no dia 20 de novembro e termina em 18 de dezembro.

“Sou muito grata de ser presidente do Palmeiras na era Abel Ferreira”, disse Leila “Imagina que honra, se houver esse convite (da seleção), porque ele confirma toda essa capacidade do Palmeiras. Eu não tenho receio, o que eu quero é o melhor para o profissional. Meu desejo é que ele continue no Palmeiras por muitos e muitos anos. Vou trabalhar e vou me esforçar para que ele fique conosco, pelo menos até o fim do meu mandato”.

Apesar das especulações, o próprio Abel já disse estar feliz no Palmeiras e que pretende cumprir o contrato até o final. Nas últimas vezes em que foi questionado sobre a possibilidade de ser treinador da seleção, preferiu não falar sobre o assunto.