Os deputados estaduais rejeitaram ontem o veto do governo a projeto do deputado Hussein Bakri (PSD), que permite a visita de animais domésticos e de estimação em hospitais privados, públicos contratados, conveniados e cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) instalados no Paraná. Foram 32 votos contrários ao veto e apenas sete favoráveis à proibição.

Custos
O governo justificou a proibição das visitas considerando que a humanização da assistência à saúde é um objetivo a ser alcançado pelas instituições públicas e privadas e deve ocorrer na forma de um processo contínuo e estruturado. Também alegou que essa proposta vai afetar as instituições de saúde na gestão, nas normas de vigilância sanitária, nos custos, além de ter que possuir uma infraestrutura de espaço e recursos humanos para atender ao que determina o projeto.

Pet terapia
Bakri argumentou que a atividade terapêutica assistida por animais se insere nas práticas humanizadas exaltadas pela Organização Mundial de Saúde, que se utilizam do animal como parte integrante do tratamento psicológico do paciente. A partir da ‘Pet Terapia’ há uma adaptação do paciente ao ambiente hospitalar, o que permite a redução de estresse e o aumento de bem-estar, reduzindo o período de internação e desconforto da hospitalização, alegou.

Semana curta
Na semana que vem, a Assembleia terá sessões apenas na segunda e terça-feira. Isso porque na quarta-feira, os deputados serão liberados para participar de um evento do governo que vai reunir prefeitos eleitos em Foz do Iguaçu (região Oeste).

Barrados
Jornalistas que cobrem o dia a dia da Assembleia Legislativa tiveram dificuldades para circular pela Casa ontem. Seguranças bloquearam acessos laterais ao plenário, impedindo inclusive repórteres de chegarem até à passarela que liga o local ao setor administrativo, onde normalmente o presidente do Legislativo, Ademar Traiano (PSDB), atende a imprensa antes das sessões. Questionado, Traiano negou ter orientado a segurança a barrarem os jornalistas.

Equívoco
Eu não proibi circulação de jornalista. Se aconteceu vou tomar as providências. Jornalista não pode ser proibido de entrar aqui. Não foi do meu conhecimento, disse o tucano, prometendo corrigir o problema. A chefia de segurança da Assembleia também negou ter feito orientação nesse sentido, alegando que teria havido um equívoco de interpretação dos agentes. Na sessão de terça-feira, quando foi aprovada a proposta do governo de suspensão do reajuste salarial dos servidores, o comitê de imprensa permaneceu fechado com cadeado até o início dos trabalhos.

Repeteco
A Câmara de Curitiba vai votar de novo, na próxima segunda-feira , o projeto que concede título de utilidade pública ao grupo Dignidade, que atua na promoção da defesa de direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), que foi rejeitado em segundo turno na sessão do último dia 7. Os vereadores aprovaram hoje, em plenário, recurso da autora da proposta, professora Josete (PT), contra a rejeição da matéria.

Evangélicos
No recurso, a vereadora apontou que o projeto foi colocado em segunda votação sem que fosse cumprido o prazo de adiamento de 25 sessões, aprovado em 6 de setembro. O projeto chegou a ser aprovado em primeiro turno, mas depois acabou sendo inicialmente adiado e depois rejeitado por pressão da bancada evangélica da Casa.