O presidente da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PR), José Lúcio Glomb, afirmou ontem a vereadores da bancada de oposição na Câmara Municipal de Curitiba que a entidade deve acompanhar o processo de investigação em torno das denúncias de irregularidades em contratos de publicidade da Casa que envolvem a gestão de seu atual presidente, vereador João Cláudio Derosso (PSDB). Segundo Glomb, a OAB/PR deve, inclusive, encaminhar documento ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta pela Câmara, vereador Emerson Prado (PSDB), afirmando que a entidade não vai tolerar cerceamento de prerrogativas dos advogados que atuam na assessoria aos integrantes da CPI, no que se refere ao acesso aos documentos da investigação.

Saímos animados e fortalecidos da reunião, porque entendemos a importância da adesão de uma entidade como a OAB na fiscalização da lisura de todo o processo, disse a presidenta do PT de Curitiba, Roseli Isidoro. As coisas estão caminhando. Tínhamos receio de que se armasse um grande teatro, pelo jogo de forças na CPI e na própria Câmara em favor de Derosso, e, com isso, que todos os nossos pedidos fossem negados ou empurrados com a barriga. Mas a pressão funcionou e a insistência da imprensa em cobrar a seriedade nas apurações está sendo fundamental para esse saldo positivo, disse o vereador Pedro Paulo (PT), que integra a CPI.

Na sessão de segunda-feira, os dois integrantes da bancada de oposição na CPI conseguiram a aprovação de três requerimentos que visam ampliar o controle social sobre as ações da comissão e inibir situações como a obrigação de submeter os pedidos de informações ao próprio Derosso, como previa originalmente o regimento da CPI.