Coluna completa um ano de circulação
Foi em 16 de dezembro de 2005 que pela primeira vez saíam as minhas indicações no Jornal do Estado. Era dia de Grande Prêmio Paraná, realizado em plena sexta-feira. De lá para cá vi com muito desgosto o Jockey afundando, afundando, afundando…

Por duas vezes as corridas foram canceladas — e o que é pior, elas estavam rareando. Em outubro, com a situação política insustentável, o ex-presidente Newton Grein deu lugar ao dinâmico Roberto Hasemann.

Aí começou a virada que culminou no maior GP “Paraná” já realizado. Cinco mil pessoas no Jockey mais as apostas via satélite dos outros estados resultaram em um volume de apostas na casa dos R$ 800 mil.

E que festa. Eram umas sete horas quando o Grande Prêmio Paraná ia começar. Estava meio nervoso, tinha acertado só um páreo e pensei comigo mesmo, “se Fogonaroupa não ganhar, vai ficar feio pro meu lado”. O nervosismo deu lugar à emoção quando Gerson Borges de Macedo, ex-cronista de turfe do JE e atual locutor oficial do Jockey bradou: “é agora!!”. Tinha começado, o público vibrou e todos levantaram. Nenhuma alma sentada.

Para minha alegria, Altair Domingos repetiu a estratégia da preparatória, largando em direção à cerca externa, fazendo um minifacão na primeira curva e correndo para o disco sem mais ser incomodado. O público foi junto com o cavalo e com a narração vibrante de Gerson e ficou alvoroçada do início ao fim.

Obrigado aos leitores que lêem, aos que nunca leram e aos que ainda irão prestigiar minha coluna de turfe aqui no JE. Parabéns ao presidente Roberto Hasemann e à toda diretoria do Jockey por organizar uma festa perfeita, quando muitos achavam isso impossível. E por fim, obrigado ao JE por investir no esporte dos reis, mesmo quando tudo parecia perdido.

Prognósticos — Domingo passado um furacão atropelou o Jockey Club. O nome dele é Fogonaroupa, de ponta a ponta, com Domingos no dorso e indicação JE. Nesta sexta-feira, teremos mais nove páreos, formando o famoso programa da ressaca. Nenhuma prova do calendário clássico. A barbada do dia é Udinezzi di Job, no 2º páreo; o melhor azar, É Verdadeira, na sexta prova.