SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Abraciclo (Associação Brasileira dos fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Bicicletas e similares) divulgou nesta semana o estudo “O uso de bicicletas no Brasil: qual o melhor modelo de incentivo?”. Feito em parceria com a consultoria Rosenberg Associados, se trata do mais amplo levantamento sobre o tema, e relata em 142 páginas o cenário e os números do mercado nacional de bicicletas, hoje com produção anual acima de 4 milhões de unidades. Além disso, revela as principais vantagens e desvantagens da bike como transporte urbano. Dentre alguns dos pontos a favor, aparece o deslocamento mais rápido em raios curtos (até 5 km) comparado aos transportes públicos, melhora da saúde e diminuição da obesidade, menor custo por quilômetro rodado em relação à moto ou ao carro e também o menor investimento para a construção de ciclovias quando comparadas as rodovias. Porém, dentre os fatos negativos -como vulnerabilidade do ciclista em acidentes, intempéries, rendimento em percursos íngremes, roubos e pouca integração com metrô ou ônibus- as soluções possíveis são colocadas como “de correção simples e barata”.

O estudo é bem embasado em dados e estatísticas -e editado nos moldes de estudos europeus. Há trechos em que admite o fato de os produtos básicos (como as “Barraforte” usadas em regiões rurais de baixa renda) estarem em queda diante da migração deste público para motos ou carros de baixo custo, ou mesmo o transporte público. Assim, a publicação se firma como um marco divisório para este mercado em queda desde 2008, que busca alternativas para voltar a crescer em volume. Este setor, inclusive, passa a contar com um novo segmento, o de bikes específicas para mobilidade urbana. Composto de modelos com médio/alto valor agregado, chega para se somar aos quatro grupos conhecidos: brinquedos, básicos de transporte, recreação/lazer e esporte/competição. Como parte de sua conclusão, o estudo aborda o fato de a popularização das bicicletas depender mais de uma mobilização cultural, e sobretudo da criação de políticas favoráveis ao seu uso, do que da simples redução de carga tributária e consequente queda do preço final das “magrelas”. O artigo já pode ser lido ou baixado na íntegra via website da Abraciclo: http://www.abraciclo.com.br.