Pela terceira sessão seguida, a Bovespa terminou o pregão em queda, na esteira das bolsas internacionais, que seguem reagindo ao noticiário da crise financeira. Hoje (9), a Bovespa fechou em baixa de 0,98%, aos 36 741,35 pontos. As ações da Petrobras, no entanto, acompanharam os ganhos do petróleo e impediram uma perda ainda maior no principal índice à vista. No mês, a Bolsa recua 3,78% e, no ano, 2,15%.

No geral, a Bovespa continuou acompanhando as bolsas internacionais. Em Wall Street, a sessão foi bastante volátil, sendo que as ações de energia foram destaque positivo, embora tenham perdido parte do vigor após o encerramento dos negócios com contratos de petróleo.

Do lado negativo, lideraram as perdas as ações de telecomunicações, serviços públicos, bens de consumo e tecnologia, pressionadas pela persistente preocupação relacionada à perspectiva econômica. O Dow Jones terminou a sessão em queda de 1,21%, o S&P, de 1%, o Nasdaq, de 1,95%. Também pesaram sobre as ações as estimativas do Banco Mundial (Bird) de que o PIB mundial vai cair neste ano pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

As principais bolsas europeias tiveram fechamentos divergentes, com Londres e Frankfurt registrando pequenas altas, enquanto Paris e Madri fecharam com baixa. A pressão negativa dos setores financeiro e de mineração foi parcialmente compensada pela alta no setor farmacêutico após o anúncio da aquisição da Schering-Plough pela Merck, por US$ 41,1 bilhões. Em Londres, o índice FT-100 subiu 0,33%; em Frankfurt, o índice Xetra-Dax avançou 0,70%; em Paris, o índice CAC-40 teve queda de 0,60%; e em Madri, o IBEX-35 recuou 1,72%.

Pregão de hoje – Hoje, na abertura da Bovespa, as ações da Petrobras recuaram, em reação ao balanço do quarto trimestre divulgado na última sexta-feira. Apesar do aumento do lucro, os investidores não gostaram da geração de caixa, medida pelo Ebitda, que ficou 20% inferior ao verificado no quarto trimestre de 2007 em função do aumento de custos.

Mas o balanço teve impacto nos papéis da empresa na abertura. Depois, os estrangeiros fizeram compras pontuais, acompanhando os ganhos do petróleo. Petrobras ON subiu 0,25% e PN, 0,12%. Na Nymex, o contrato para abril do petróleo terminou a sessão em alta de 3,41%, a US$ 47,07. A expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) corte novamente a produção na reunião no dia 15 de março, em Viena, ajudou a pressionar as cotações.