Os carros-forte que circularam ontem (4) por Curitiba pararam de cirular nesta quinta-feira (5). A decisão de escolta da Polícia Militar foi questionada pelo presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, que alegou ilegalidade do acordo. Com isso, os carros-forte voltaram para as garagens para garantir a segurança dos trabalhadores e da população.

Na tarde de ontem, uma decisão judicial permitiu que os trabalhadores operassem os carros-forte para abastecer as agências bancárias da cidade. O governador Roberto Requião determinou que a PM realizasse a escolta dos veículos. Porém, João Soares conversou com o governador, alegando que a escolta tirava o direito dos vigilantes de realizar a greve. Requião determinou, ainda na tarde de ontem, que os policiais voltassem para o batalhão. Hoje, os carros-forte já não rodaram pelas agências bancárias de Curitiba.

Enquanto isso, a greve dos vigilantes patrimoniais foi suspensa temporariamente e os trabalhadores já voltaram aos seus postos de serviço nesta quinta feira (5). A decisão foi tomada durante a assembléia realizada ontem, após a audiência conciliatória no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em que foi proposto um reajuste salarial de 10% no piso salarial e no vale-refeição, além da elevação de 7,5% para 10% no adicional de risco. No entanto, os vigilantes ainda aguardam pela decisão dos empresários, que anunciam hoje, durante a audiência marcada para as 17h no TRT, se aceitam ou não conceder o aumento. Caso o patronal rejeite a proposta, uma nova data será marcada para que a greve seja julgada, podendo resultar em nova paralisação dos trabalhadores.

Já os trabalhadores que trabalham com carros-forte continuam de braços cruzados, pelo menos até as 10h30 da manhã deste sexta, quando será realizada a primeira audiência de conciliação com os empresários deste setor. Os trabalhadores reivindicam a inflação integral, mais 5% de aumento real, elevação do vale-refeição de R$13,00 para R$ 15,00 e a criação de um piso salarial para os trabalhadores da sala de valores.