O técnico Roberto Cavalo, ao final da partida, mais uma vez admitiu erros de escalação. Dessa vez, o mea culpa foi ter insistido no zagueiro Gabriel, que apresentou dores no ombro durante a semana e mesmo assim jogou quase toda a partida. Só saiu porque foi expulso – isso depois de ter marcado dois pênaltis para o Figueirense. “Eu assumo a maior culpa, afinal quem escala sou eu. Gabriel teve uma luxação no ombro, não trabalhou alguns dias. O Departamento Médico avaliou disse que ele deveria ficar fora, mas ele insistiu dizendo que estava 150% em condições. Resolvemos apostar. No entanto, foi visível que não estava nas melhores condições. Não jogou bem, não só pelo pênalti, estava também desatento, muito por causa da dor”, avaliou o treinador.
O técnico não deixou apenas para Gabriel o grande problema do Paraná no sábado. Admitiu que a equipe paranista tem grandes dificuldades de elenco. “Temos atacantes bons, mas que não estão passando por um bom momento e precisam ser mais trabalhados. Eu e a diretoria tentamos fazer contratações, mas não conseguimos. Hoje vi o quanto isso está fazendo falta”, disse. “No intervalo do jogo, a opção de ataque no banco era zero, depois que entrou o Adriano. Infelizmente o grupo que temos é esse, ou felizmente. Mas o que sabemos é que quem não faz, toma”, analisou. Cavalo disse que o setor ofensivo é uma preocupação, mas o que irá fazer daqui pra frente é reforçar a defesa para aproveitar na frente a rapidez de jogadores como Rafinha e Davi.
Sobre sua expulsão, Cavalo disse que em nenhum momento quis criticar a arbitragem. “O que fiz foi bater palma para o Gabriel, como forma de repreensão, por ter dado o carrinho, e o árbitro achou que foi para ele”, justificou.
Para a próxima rodada, que acontece na terça-feira, o técnico pretende “recuperar os jogadores, que além do desgaste físico, estão com o psicológico abalado”, disse. “Não quero ninguém abatido porque só nós podemos sair dessa situação”. E promete estratégia mais defensiva, como aconteceu quando jogou contra o Ceará. “Temos que mobilizar o grupo para jogar partida por partida, que serão difíceis. Provavelmente vamos montar algo mais defensivo”, disse.  (JS)