O prazo estipulado pelas cinco universidades estaduais do Paraná (UEL, UEM, UEPG, Unicentro e Unioeste) para que o governo do Estado oferecesse uma proposta sobre o reajuste salarial para a categoria docente, terminaria ontem. Mas nada aconteceu. Os sindicatos das universidades de Londrina e Maringá, até ealizaram assembléias, mas avaliaram que não há possibilidade de discussão de indicativo de greve. Isso porque desde o dia 15 de abril, quando o governo autorizou o reajuste salarial dos professores universitários, não foi revelado o valor da proposta e, sem essa informação, não há como considerar uma possível greve.

Segundo a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Londrina e Região (Sindiprol), Maria Inêz Almeida, “não existem dados concretos e suficientes para a avaliação de um indicativo de greve”.
Na ocasião, o governo assumiu publicamente que os docentes têm prioridade no trâmite de ajustes salariais e sinalizou positivamente para a revisão, mas ainda não houve qualquer manifestação sobre valor do aumento. Por conta disso, Cascavel, Guarapuava e Ponta Grossa cancelaram as assembléias de ontem na tentativa de obter maiores informações. Os professores vão aguardar uma nova reunião até a próxima semana.

No encontro entre os secretários e os representantes dos docentes do ensino superior, será divulgado o índice de reajuste e prazo para a implantação da proposta da reestruturação da carreira. Todos afirmam que é inviável entrar com indicativo de greve sem sequer saber o montante. Maringá e Londrina estão em assembléia permanente e devem interferir junto ao governo nos próximos dias para que possam ter conhecimento do projeto de lei. Uma nova assembléia está marcada para o dia 13 de maio. (FGS)