Cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino, condenados à prisão perpétua na Líbia por supostamente terem contaminado crianças com o vírus da aids, deixaram Trípoli a bordo de um avião com a esposa do presidente francês. A delegação européia, que chegou à capital líbia no domingo para negociar o retorno dos profissionais para seus países de origem, também incluiu a Comissária para Assuntos Externos da União Européia, Benita Ferrero-Waldner e o secretário-geral do Palácio do Elizeu, Claude Gueant. O avião segue com destino à Bulgária.

A França vinha buscando o retorno dos seis profissionais – detidos havia oito anos – como um gesto final de boa vontade da Líbia, depois que o país comutou a sentença de morte dos prisioneiros para prisão perpétua. O acordo para a libertação dos detidos inclui medidas para melhorar os cuidados médicos com crianças aidéticas na Líbia. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso saudaram, em comunicado, “o gesto humanitário do mais alto líder líbio e comprometem-se em fazer tudo para ajudar as crianças com aids”.

Ao descerem do avião, em Sófia, capital da Bulgária, foram abraçados por parentes e receberam buquês de flores. O primeiro-ministro e o presidente da Bulgária saudaram as enfermeiras e a primeira-dama da França, Cecilia Sarkozy, que fez parte da delegação que negociou o retorno do grupo.