Pela primeira vez, a ação de coibir o contrabando e desvio de produtos nos maiores pontos de movimentação de mercadorias do país, os portos de Santos, em São Paulo, e de Paranaguá, no estado do Paraná, contou ontem (16) com o auxílio de equipes a bordo de um helicóptero.

A estréia desse novo esquema de monitorar, no ar, a fiscalização e abordagem em terra, ocorreu em uma grande articulação denominada Operação Minuano, desenvolvida em conjunto pelas superintendências da Receita Federal do Brasil na 8ª Região Fiscal (São Paulo) e na 9ª ( Paraná e Santa Catarina).

A operação começou no Porto de Santos e prosseguiu na Rodovia Régis Bittencourt, na região de Cajati. Esta estrada é o principal meio de ligação entre a regiões Sudeste e o Sul do país e é também o caminho que leva ao Porto de Paranaguá.

Para surpreender criminosos e evitar qualquer tentativa de fuga, os agentes contaram um helicóptero da Coordenação Especial de Operações Aéreas-Ceoar da Receita Federal e 40 viaturas do órgão, além de policiais rodoviários e funcionários da Secretaria da Fazenda.

Iniciada ainda durante a madrugada, o grande esquema foi mantido atuante até às 14h de ontem (16). Foram apreendidas mercadorias avaliadas em quase R$ 3,5 milhões entre produtos de informática, eletro-eletrônicos, aparelhos de jantar, artigos de vestuário, brinquedos e outros.

Essas informações constam em nota divulgada pela Receita que revelam ainda terem sido vistoriados 90 caminhões e monitorados o percurso de 42 veículos. Os agentes recolheram mais de 6 mil caixas com mercadorias, transportadas ilegalmente.

Também foi interceptado pela Polícia Rodoviária Federal um veículo com carga perigosa . Uma parte desse carregamento, cujo conteúdo não foi especificado na nota, foi levado para o Porto de Santos  e outro para o Porto de Paranaguá.

Hoje, às 14h, o inspetor-chefe da Alfândega da Receita Federal, no Porto de Santos, José Guilherme Antunes de Vasconcelos, concederá entrevista, em Santos, para falar sobre a operação.