EDUARDO CUCOLO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O FI-FGTS (fundo de investimento em infraestrutura do FGTS) adiou para 15 de julho a decisão sobre o repasse de R$ 10 bilhões para reforçar o caixa do BNDES.
O adiamento foi um pedido do vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Cleto, ligado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A justificativa foi a necessidade de analisar questões pendentes e solicitar esclarecimentos ao banco estatal de desenvolvimento e ao Conselho Curador do FGTS. Um deles é sobre o retorno de 7% mais TR (Taxa Referencial) fixado pelo Conselho Curador do FGTS para os recursos, considerado baixo.
Pessoas ouvidas pela reportagem avaliaram que o pedido teve motivação mais política do que técnica.
O BNDES já apresentou ao fundo uma lista de projetos que receberão o dinheiro, nas áreas de energia, rodovias, ferrovias, aeroportos e portos, mas o documento não chegou a ser analisado na reunião desta quarta-feira (24).
No encontro, a Caixa também apresentou uma lista de empresas que não irão mais tocar projetos com dinheiro do fundo. Entre elas estão a Queiroz Galvão Energias Renováveis e a OAS Ambiental, envolvidas na operação Lava Jato da Polícia Federal.