O grupo Guaíra 2 Cia de Dança apresenta neste domingo (3) o espetáculo “Vitrine”, das 15 às 17h no Museu Oscar Niemeyer. O trabalho é resultado de intensa pesquisa da companhia, que utiliza a técnica da dança aliada à criação coletiva na busca de novos rumos e estéticas.

“Essa é uma oportunidade de mostrar ao público o processo de investigação coreográfica da Companhia. A idéia é propagar o conhecimento artístico, promovendo uma arte mais cidadã, menos hierárquica e mais próxima dos diferentes nichos sociais e culturais”, diz professora de dança contemporânea Rosemeri Rocha.

A apresentação acontecerá no hall entre as salas de exposição do Museu. O espetáculo nasceu da idéia de compartilhar o processo de pesquisa do grupo com a população, em apresentações realizadas nas portas e janelas do Teatro Guaíra. As performances se realizaram de forma discreta, sem placas ou qualquer outro indicativo do que se tratava. O objetivo era chamar a atenção de quem passava pelas calçadas e ruas que circundam o prédio do Teatro Guairá.

O projeto é da professora de dança contemporânea Rosemeri Rocha. “A arquitetura do Teatro proporciona uma série de espaços permeáveis à luz do sol. São grandes janelas de vidro, onde o interior e o exterior do teatro se encontram. São nesses pontos que as apresentações acontecem. Os bailarinos deixam suas salas de ensaio e apresentam-se para o público através desses vidros, como se estivessem em uma vitrine”, diz. A experiência fez o trabalho evoluir e tornar-se um espetáculo adaptável a outros locais.

O Guaíra 2 Cia. de Dança foi criado em dezembro de 1999, com bailarinos, oriundos do Balé Teatro Guaíra, capazes de aliar a técnica desenvolvida com a maturidade artística. A proposta da companhia é o desenvolvimento da pesquisa e dedicação à montagem de espetáculos que contemplem as atividades de “intérprete- criador ”.

Após a criação de diversos trabalhos para o palco, sempre dentro de conceitos alternativos, o trabalho grupo vem evoluindo para novas formas de apresentação, sobretudo aquelas que possibilitem a utilização de espaços anteriormente não imaginados para apresentações de dança.