O auxiliar-técnico Luciano Gusso lamentou na entrevista coletiva pós-jogo a opoturnidade desperdiçada pelo Paraná para alcançar uma vitória em Porto Alegre contra os reservas do Grêmio na tarde deste sábado (15/09) – a equipe visitante foi derrotada por 2 a 0, gols de Douglas (de pênalti) e Juninho Capixaba, aos 8 e aos 18 minutos do segundo tempo.

Na opinião do profissional, que comandou a equipe do banco de reservas por conta da suspensão do “titular” da função, Claudinei Oliveira, a equipe paranista até teve bom desempenho defensivo, mas faltou mais qualidade e tranquilidade com a bola nos pés para conseguir um placar mais positivo.

Estamos fazendo um bom jogo na fase defensiva, com algumas dificuldades até pela qualidade do Grêmio. Mas um detalhe importante é que não conseguimos transitar, contra-atacar o Grêmio. E se você não faz isso, acaba tomando o contra-ataque do contra-ataque e isso é o problema. Não conseguimos ficar com a bola no campo de ataque e isso dificulta. Se tivéssemos melhorado do primeiro para o segundo tempo para definir mais as jogadas, ter uma construção mais próxima do adversário, tínhamos tudo para vencer o jogo”, comentou o treinador.

Na conversa com os jornalistas, Gusso apontou que o Paraná teria tido “alguns lances” de ataque, “mas não conseguiu marcar”. A verdade, contudo, foi diferente. O Paraná pouco criou. Se segurou na defesa na etapa inicial, é verdade. Mas do início ao fim foi amassado pelo adversário, tanto que poucas vezes conseguiu passar do meio de campo com a bola nos pés. Ao comentar as estratégias adotadas na montagem do time, fique evidente que quase nada do que foi pensado deu certo dentro de campo.

O jogo do Grêmio é muito apoiado, com muita construção por dentro. Então quisemos fortalecer esse setor do campo (o meio, com a entrada de Torito González) e dentro dos duelos (individuais) que aconteceriam que a gente pudesse ter uma marcação mais forte e uma saída boa também em termos de transição, em busca de uma estratégia para tirar o que o Grêmio tinha de melhorar e explorar aquilo que percebíamos de deficiência da equipe deles”, disse o treinador, comentando em seguida sobre as alterações feitas para a segunda etapa – e evidenciando novamente que a estratégia adotada simplesmente não funcionou em momento algum, contrariando até o seu discurso.

“A ideia (com as entradas de Maicosuel e Ortigoza, após o 1º gol) era que pudéssemos ficar mais com a bola além do campo defensivo e pudéssemos ter mais chegada por dentro e pelos lados, acreditando na qualidade do Maicosuel e do Ortigoza. Tomamos alguns gols de contra-ataque, não era previsto. Perdemos algumas bolas no ataque e até conseguimos criar alguns lances, mas não conseguimos marcar”, disse.

Ninguém gosta de perder”

Se em jogos anteriores o Paraná foi ao menos uma equipe que ofereceu alguma resistência ao duelar contra o adversário, desta vez o que se viu na etapa final do jogo foi mais devastador, com um time completamente entregue. O Grêmio só não transformou a vitória em goleada por incompetência própria, já que foram duas chances com jogadores do time da casa cara a cara com o goleiro Richard.

De acordo com Luciano Gusso, o aspecto emocional, de fato, está se tornando um problema a ser superado. Entretanto, o auxiliar técnico tratou de destacar que este não é o único problema da equipe.

Ninguém gosta de perder. Nosso clube não é um clube perdedor, muito pelo contrário, é um clube vencedor. E quando vem a sequência de maus resultados, você sente mais que o normal. Mas não te a ver só com isso (aspecto emocional). Estamos buscando dentro do grupo, entro do dia a dia, formas para encontrar uma solução. Então vamos trabalhar esse detalhe emocional, mas isso (a recuperação) passa também por outros detalhes para gente extrair o melhor desses atletas.”