O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, tornou ilegal o aplauso em público no fim do ano passado, logo após as palmas terem se tornado uma forma de protesto em seu país. Algumas semanas depois, a polícia de Estado não pensou duas vezes antes de prender um grupo que insistia em infringir as regras. Entre eles, um homem de um braço só. O feito ditatorial, e certamente motivo de risadas, foi laureado nesta quinta-feira, 11, com o prêmio máximo da ironia científica, o Ig Nobel.

A clássica brincadeira promovida há 23 anos é uma paródia do Nobel e destaca pesquisas que podem ser consideradas no mínimo esdrúxulas, em que não dá para acreditar que alguém perdeu tempo fazendo. Ou, como preferem os organizadores, são estudos que “primeiro fazem rir e depois pensar”.

Lukashenko e sua polícia foram contemplados com o Ig Nobel da Paz. Já o engenheiro norte-americano Gustano Pizzo, morto em 2006, recebeu o prêmio póstumo por uma patente que ele depositou em 1972 de um sistema eletromecânico para prender e ejetar sequestradores de avião.

Ao fim do evento, Marc Abrahams, editor dos “Anais da Pesquisa Improvável” concluiu com outra piadinha: “Se você não venceu o Ig Nobel nesta noite, e especialmente se você venceu, melhor sorte no próximo ano”.