SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nos meses antes de sua morte, o jornalista saudita Jamal Khashoggi trocou mais de 400 mensagens com um amigo nas quais comparou o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, a um “monstro pacman”, e planejava a criação de movimento online de jovens para fazer oposição ao regime, do qual era crítico.

“Quanto mais vítimas ele come, mais ele quer comer. Eu não ficaria surpreso se a opressão atingisse até mesmo aqueles que o apoiam”, escreveu Khashoggi ao amigo Omar Abdulaziz, ativista saudita exilado em Montreal, no Canadá, desde 2014. Abdulaziz divulgou as mensagens à rede americana CNN.

Nelas, os dois sauditas exilados planejam criar um exército de “abelhas cibernéticas” para contra-atacar a propaganda pró-regime nas redes sociais. Parte do projeto era enviar dinheiro e chips estrangeiros de celular para dissidentes no país.