Apesar do corre-corre cotidiano dos pais, a volta à lancheira pode ser uma alternativa para garantir a saúde da criançada. Mas o que colocar no lanche dos pequenos? É preciso levar em conta as necessidades nutricionais e a aceitação dos pimpolhos. Para tanto, o Idec dá algumas dicas para ajudar você a montar a lancheira ideal.
É importante que as crianças levem para a escola um alimento de cada grupo alimentar. Os energéticos (pães integrais, biscoitos integrais, bolos, etc), construtores (requeijão, queijo branco, minas, ricota, peito de peru, leite, iogurte, leite fermentado, achocolatados) e reguladores (frutas, que podem ser naturais ou sucos).

Outra dica que a equipe do Idec dá aos pais é para que procurem variar o cardápio a fim de que as crianças não enjoem do lanche. Os produtos industrializados, como bolos prontos, ricos em gordura e açúcar devem ser evitados.
As guloseimas não devem ser retiradas por completo do cardápio das crianças. No entanto, os pais precisam dosar o consumo dos filhos. Pedir a ajudar da criança na hora de montar a lancheira é uma outra dica da equipe do Idec. O momento pode ser aproveitado pelos pais para ensinar princípios da boa alimentação aos filhos.
Alternar lanches salgados com doces é uma forma de atender ao paladar das crianças. Os lanches escolhidos devem ainda ser resistentes à temperatura ambiente caso a escola não tenha geladeira.

Os pais precisam ficar atentos à quantidade de alimentos que colocam na lancheira. Ela deve ser suficiente para atender à fome na hora do recreio. Nunca de menos ou demais.
Crianças em idade escolar costumam ser ativas e perdem líquidos com facilidade. Sempre é bom cuidar para que bebam água durante o horário de escola, independente do lanche oferecido, o que deve ser enfatizado por pais e educadores.
Pesquisa —  Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2004, mostrou que o excesso de peso é um problema maior que a desnutrição no País. Crianças e adolescentes não fogem à regra. De acordo com os dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a prevalência da obesidade infanto-juvenil subiu 240% em 20 anos, aumentando de 3% para 15%.

Na prática, são muitos os fatores que conspiram a favor da obesidade: hábitos alimentares da família, publicidade direcionada a este público — realidade proibida em países de primeiro mundo, como a Suécia — e o ambiente escolar, entre outros.
Vale ressaltar que, neste último caso, os estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal, adotaram iniciativas que incluem medidas restritivas ao comércio de guloseimas nas escolas e promoção do engajamento de toda a comunidade escolar, inclusive famílias, na educação da alimentação saudável.