Em janeiro de 2012, o Palmeiras comprou o atacante Hernán Barcos da Liga Desportiva Universitária (LDU) por US$ 4 milhões (R$ 7 milhões). O argentino virou destaque e ganhou o coração do torcedor palmeirense, mas agora é o centro de uma polêmica entre o clube paulista e o equatoriano, que ameaça acionar a Fifa e tentar retirá-lo do Palestra Itália pelo atraso no pagamento das parcelas pelos direitos econômicos do jogador.

Segundo o site da ESPN, o Palmeiras, detentor de 70% dos direitos econômicos de Barcos, ainda não pagou a última prestação pela contratação do atleta a LDU, no valor de US$ 750 mil (aproximadamente R$ 1,5 milhão).

Esteban Paz, responsável por gerir o futebol do clube equatoriano, afirma que o Palmeiras, então presidido por Arnaldo Tirone, não conseguiu honrar seus compromissos. Já o clube paulista admite a dívida, mas argumenta que a última parcela venceu apenas em 20 de janeiro, dois dias antes da posse de Paulo Nobre como presidente, e promete saldar o compromisso.

No Equador, Paz se diz desrespeitado diante da falta de resposta dos brasileiros e ameaça tomar providências.

Entendemos as dificuldades financeiras que possam existir, mas a falta de respeito é inaceitável, afirmou o dirigente equatoriano à Gazeta Esportiva.net. O Barcos está jogando, marcando gols e o Palmeiras não é capaz nem sequer de nos responder, muito menos de pagar o que deve. Por isso, nossos advogados já estão dialogando com a Fifa e com a CBF, porque me parece que é uma falta de respeito, completou Paz.

Questionada pela reportagem da Gazeta Esportiva, Paulo Nobre, sucessor de Arnaldo Tirone na presidência do Palmeiras, afirmou desconhecer o assunto. A LDU, por sua vez, diz ter a prerrogativa de apresentar uma proposta própria ou de outro clube pelo jogador, o que acontecerá em junho, segundo Esteban Paz, e caso o Palmeiras não iguale a pedida, Barcos teria que sair.

O argentino é um dos poucos atletas poupados pela torcida palmeirense. Em 2012, foi o destaque da equipe, tendo marcado 28 gols. Com contrato até o fim de 2016, o atacante poderá deixar a equipe na metade do ano, pois teme perder espaço na seleção argentina por estar disputando a Série B do Campeonato Brasileiro.