A vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves (PT), também garantiu ontem que seu partido não tem nenhuma intenção de deixar o governo Gustavo Fruet (PDT). Segundo ela, a nomeação do secretário municipal da Saúde, Adriano Massuda, para um cargo no Ministério da Saúde, é uma iniciativa do ministro Arthur Chioro, que deve vir à Capital paranaense para pedir a liberação dele a Fruet nos próximos dias. Massuda foi nomeado para a Secretaria de Ciência e Tecnologia do ministério, na última segunda-feira, sem que o prefeito tivesse sido comunicado, o que reavivou as especulações de que os petistas estivessem se preparando para desembarcar da administração municipal visando disputar a prefeitura no ano que vem com candidato próprio.

Insistência
Não há qualquer indício de rompimento com o prefeito, de forma alguma, garantiu Mirian. Segundo ela, o convite foi feito há um mês, e rejeitado por Massuda, mas há uma insistência do ministro, e por um equívoco foi publicada essa nomeação.

Repercussão
Setores do PT consideram que a saída do secretário da Saúde tem muito mais a ver com o caso de Maria da Luz, de 39 anos, que morreu em frente a uma Unidade de Pronto Atendimento da prefeitura, no final do mês passado, após esperar horas por atendimento. Segundo essa avaliação, a forma como Massuda reagiu ao caso, atribuindo a responsabilidade aos funcionários da unidade, teria repercutido mal.

Depenadas
O deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) apresentou mais um projeto sobre direitos de animais que deve dar o que falar. Desta vez o alvo é a indústria de penas, que pode ser proibida de retirar esta matéria-prima de aves ainda vivas para manufatura individual, comercial e industrial no Paraná. Na prática, o projeto pretende evitar que galinhas, patos, gansos e avestruzes sejam submetidos ao processo ripping – quando as aves são levantadas pelo pescoço, têm as pernas amarradas e são depenadas vivas.

Plumagem
Segundo Rasca, a prática causa dor às aves e faz com que o nível de glicose no sangue dobre. Quem atua nesta atividade prefere despenar as aves vivas, pois é mais econômico e permite quatro ‘retiradas’ ao ano por ave. Nós entendemos que isto é um absurdo, afinal o lado econômico é mais valorizado do que a vida. Até porque há alternativas concretas para satisfazer esta atividade, sendo apenas uma opção pelo método mais cômodo em detrimento do bem-estar animal, explicou o deputado.

Caçamba
A Justiça determinou o afastamento do vereador Julio Cesar Makuch (PSD) do cargo de presidente da Câmara Municipal de Prudentópolis (Sudeste). Ele é acusado pelo Minisério Público de ser sócio-oculto de uma empresa de monitoramento eletrônico que tinha contrato com a prefeitura do município. A investigação realizada dentro da operação Caçamba foi deflagrada em fevereiro de 2015 e resultou na prisão do ex-prefeito Gilvan Agibert (sem partido), solto por decisão do Tribunal de Justiça. Agibert foi cassado pela Câmara Municipal em 5 de junho, acusado de corrupção passiva.

Superfaturamento
O contrato da empresa que fazia o monitoramento de segurança para a prefeitura teria sido superfaturado em conluio com o ex-prefeito preso, gerando prejuízo estimado em R$ 370 mil, segundo o MP. Além disso, o vereador teria se utilizado do cargo para pressionar o atual prefeito para que renovasse o contrato superfaturado, garantindo-lhe total apoio na Câmara caso a renovação ocorresse.