Embora o Código de Defesa do Consumidor, que já tem mais de quinze anos de existência, determine que as informações sobre qualquer produto à venda, inclusive preço, devem ser claras para o consumidor, ainda há muitas lojas onde não é possível saber esse dado tão importante e básico, a não ser perguntando para o vendedor. A Pro Teste visitou 924 lojas de cinco grandes capitais brasileiras, entre elas Curitiba, para ver como os preços estão expostos.

E descobriu que, em São Paulo, mais da metade das lojas não anuncia os preços de tudo o que vende. Sofre mais o consumidor interessado em informática: mais de 40% das lojas desse segmento visitadas tinham pelo menos um produto sem preço — com a grata exceção de Brasília, onde todos os estabelecimentos cumpriam a lei.
O estudo da Pro Teste foi feito em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Foram examinados estabelecimentos de sete setores: artigos esportivos, calçados, celulares, eletroeletrônicos, informática, material fotográfico e vestuário, em lojas de rua e de shopping-centers. Os colaboradores da Pro Teste examinaram se os preços estavam expostos nas vitrines e no interior das lojas — exceto nas lojas de material fotográfico e celulares — , e se eles eram legíveis e facilmente relacionados com os produtos vendidos — pois muitas vezes o preço não está afixado diretamente no produto, mas fica na prateleira ou numa lista ao lado ou ainda é apresentado em forma de código.

Também foi verificado como eram informados os casos de pagamento em prestações (se a loja declara os preços à vista, das parcelas, total e dos encargos incluídos) e de promoções (se a loja informa o valor normal, ao lado do promocional).
Em uma segunda rodada de visitas, em janeiro, em São Paulo (cidade com cenário mais crítico), a Pro Teste verificou ainda se os 10 maiores super e hipermercados haviam instalado as leitoras de código de barras a distância máxima de 15 metros, e voltou a encontrar falhas.