Pela terceira vez na sua carreira, Rubens Barrichello vence o GP da Itália e fica na galeria dos maiores vencedores deste GP. Com o tanque de combustível cheio e com a estratégia de uma só parada durante a corrida, o nosso piloto brilhou nesta conquista que agora tem um gosto especial, pois diminui para apenas quatorze pontos a diferença que mantém do seu companheiro e atual líder do mundial, Jenson Button, restando ainda quatro etapas para o fim do campeonato. Barrichello está claramente na posição de franco atirador e a partir de agora não tem nada a perder, diferente de Button que tem sofrido bastante com o aperto do companheiro e poderá ser vencido caso não pratique uma forte estrutura emocional e psicológica que o faça agüentar as pressões vividas nessas últimas etapas. A equipe Brawn praticamente já conquistou o mundial de construtores e com certeza um dos seus pilotos será o campeão mundial de pilotos, por isso, Ross Brawn tem deixado muito claro que a partir de agora os dois tem total liberdade para o grande duelo. Para nós brasileiros resta torcer muito por este herói que ontem estava praticamente aposentado e hoje nos devolve o sonho da conquista de um campeonato mundial.
Infelizmente as notícias da F-1 não são apenas vitórias. Tenho me mantido meio longe do caso do Nelsinho Piquet, mas não posso deixar de lamentar os fatos ocorridos. No começo o mundo desabava sobre a cabeça do Nelsinho, mas agora muitos podem entender o porquê de muitas coisas. Confesso que festejei a demissão do Flavio Briatore da Renault, pois isso demonstra que o Piquet Junior não estava tão errado. Além disso, devo lembrar que este senhor que deu ordens para o nosso piloto bater era o diretor de Schumacher quando este se tornou campeão mundial após ter batido em Damon Hill, que por sua vez, perdeu um campeonato para Villeneuve após ter falhado na tentativa de colocá-lo para fora da pista. E vale recordar que já tivemos um grande campeão brasileiro que após colocar o seu mais imediato concorrente para fora na largada de um GP, tornou-se campeão do mundo. Com tudo isso não pretendo julgar ou defender ninguém, tampouco afirmar que os fins justificam os meios. Muito pelo contrário, apenas opino que nesta categoria não tem nenhum santo e todos sabem que as estratégias utilizadas para as conquistas nem sempre foram muito ortodoxas. É possível que esta atitude do Nelsinho marque o começo da moralização desta categoria e, doendo a quem doer, espero que seja o início de uma nova Fórmula 1. Um forte abraço a todos.