MÁRCIO FALCÃO
SÃO PAULO, SP – Terceiro colocado na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, o candidatado do PT, Alexandre Padilha, abandonou a estratégia de “boa convivência” com Paulo Skaf (PMDB) e elevou o tom nesta quinta-feira (11), distribuindo ironias e críticas ao adversário.
Principal aliado da presidente Dilma Rousseff, o PMDB cobrava um pacto de boa convivência com Padilha em troca de apoio de Skaf para a reeleição da petista e uma eventual aliança se houver segundo turno no Estado.
Com a resistência do peemedebista em declarar apoio à presidente, as dificuldades em decolar nas pesquisas de intenção de votos e uma bronca do ex-presidente Lula, Padilha partiu para o ataque.
Após tentar carimbar em Skaf o rótulo de candidato dos patrões, o petista classificou de ridícula a proposta do peemedebista de criar a Secretaria do Povo.
“Quem só representou [os mais ricos] não é no mês da eleição que vai começar a sentir as dores e representar os mais pobres. A maior prova disso é essa proposta ridícula que ele apresentou de criar uma Secretaria do Povo. Como ele é o que representa os mais ricos, ele tentou atender o povo falando que vai criar uma secretaria do povo. A minha diferença é que eu sou o governador do povo”, disse o petista após visitar uma porta de fábrica em São Bernardo do Campo.
Na propaganda exibida na noite desta quarta, o candidato afirmou que, se eleito, vaia criar a Secretaria Especial do Povo, encarregada de levantar as necessidades de cada região e aproximar as prefeituras do governo do Estado.
O comercial peemedebista mostra o candidato, sem terno, visitado e conversando com moradores de áreas carentes.
Padilha ainda ironizou a visita de Skaf em uma comunidade, quando ensaiou bater pênaltis com meninos do local.
“Ele que só jogou futebol em grama sintética de futebol society não acerta um pênalti quando é no campo da periferia, pode até colocar uma criança, botando uma criança ele tentou acertar dois pênaltis e errou”, provocou.
O candidato petista também manteve os ataques ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) pela “promoção eleitoral” que seria o desconto oferecido pelo tucano no Cartão Bom. Ele defendeu sua proposta de Bilhete Único Metropolitano.
“O tempo todo ele tenta puxar as pessoas para o mundo da propaganda, da fantasia. Ele fez uma promoção eleitoral no mês de setembro com o cartão Bom –não é o desconto do bilhete único metropolitano que nós estamos propondo, não tem integração que estamos propondo para todas as regiões metropolitanas do Estado”, afirmou.
“Mais uma vez ele tentou copiar, mas a cópia ficou muito abaixo do original”,completou.
PRESSÃO
Nesta quinta, Padilha visita porta de fábricas em São Bernardo do Campo, berço político do ex-presidente Lula.
Na primeira agenda, o candidato cumprimentou trabalhadores que chegavam para o turno da tarde. Representantes dos sindicato tentaram segurar os trabalhadores no ato e acabavam impedindo a entrada de alguns, o que gerou confusão.