Técnicos do Passeio Público ajudaram nesta semana uma cobra píton macho, um dos animais expostos no terrário do parque, a trocar de pele. Os técnicos preparam um banho para o animal, antes de fazer o peeling. As cobras também tomam banho quando há sinal de parasitas no corpo.


O banho morno teve direito a camomila na água para ajudar na cicatrização. A temperatura da água deve estar entre 22º e 24°C.


Outro cuidado é com o jejum. O animal não deve ser alimentado antes do banho, para não regurgitar. O banho consiste em mergulhar o animal num balde de água para amolecer a pele, que é retirada pelos funcionários.


A bióloga Maria Lúcia Faria Gomes explica que os banhos nas cobras são dados apenas em casos extremos, como por exemplo, quando em época da troca em que a pele fica grudada em algum ponto do corpo e o animal não consegue se livrar facilmente. Em casos mais raros ainda, os banhos também são dados quando os animais são infestados por parasitas, como piolhos. Nestes casos são usados medicamentos na água.Muda – As cobras trocam a pele quando estão crescendo.


ão existe uma época específica para a substituição. Quanto mais jovem o animal mais vezes ele faz a troca. No Passeio Público, os recintos das 19 cobras (oito peçonhentas e 11 não peçonhentas) são ambientados com troncos, galhos e pedras, que facilitam a escamação dos répteis.


“O atrito do bicho com a vegetação e o solo é necessário para que ele consiga se livrar da pele velha. Na natureza é assim que o animal consegue se livrar, mas às vezes é preciso dar literalmente uma mãozinha aos bichos”, diz a bióloga.