O governador do Paraná, Beto Richa, deu mostras durante a cerimônia de posse, no sábado, que pretende imprimir uma nova relação com a população no seu governo. Antes de iniciar o seu discurso, logo após a cerimônia com o ex-governador Orlando Pessuti, Richa, aconselhado por Fernanda Richa, pediu que as barreiras que separavam a área VIP da população fossem retiradas e que deixassem o povo que ali estava se aproximar. Nomeou todo os líderes comunitários que reconheceu em frente ao palanque e disse que não seria nada sem o apoio da família. Elogiou sua mulher, Fernanda Richa, que foi muito aplaudida pelos presentes, e finalizou citando o poema Meu Paraná eu Faço, de Jamil Snege, que marcou o governo de seu pai, José Richa. Ao final, disse que a única pessoa que o influenciou politicamente foi seu pai, pois fez um governo que marcou para sempre a história do Estado. Tenho a honra e o orgulho de ocupar o mesmo cargo que o meu pai ocupou, disse, emocionado. A atitude de aproximação com o povo seria aprovada pelo pai, com certeza.
Requião na posse (I)
O ex-governador Roberto Requião, desafeto declarado do atual governador Beto Richa, foi mencionado na cerimônia de posse (diretamente), mesmo não estando presente. Foi durante a fala do presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus. O presidente da Casa lembrou os feitos de outros ex-governadores. Para Justus, Bento Munhoz da Rocha foi o grande idealizador do Centro Cívico. Ney Braga, um visionário, Paulo Pimentel, um homem preocupado com os problemas do Estado, e Jayme Canet trouxe a industrialização. Sobre Requião, Justus o definiu como um governador de personalidade forte e preocupado com os projetos sociais. Também deu uma palha a Orlando Pessuti, a quem chamou de amigo e aglutinador. Sobre o pai de Beto, José Richa, Jutus lembrou que era um político aberto ao diálogo e que lançou Justus na política.
Requião na posse (II)
Indiretamente, Requião apareceu nas entrelinhas dos discursos do ex-governador Orlando Pessuti e do de Beto. Pessuti disse que entregava ao novo governador um Estado melhor do que o que recebeu, e disse que torcia para Beto fazer melhor ainda. Nem precisou citar o nome de Requião para alfinetá-lo. Contudo, o futuro de Pessuti ainda é incerto. São muito reduzidas suas chances de ocupar algum cargo federal, por exemplo.
Programa de metas (I)
Um dos primeiros projetos a ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados em 2011 é o projeto de lei 7771/10, que torna obrigatórios a elaboração e o cumprimento de um programa de metas de governo pelos poderes Executivos federal, estadual e municipal. Pela proposta, o presidente da República, os governadores e os prefeitos deverão apresentar esse programa de metas até 90 dias após a posse. Segundo a autora, deputada Sueli Vidigal (PDT-ES), o documento deverá conter as prioridades do governo, as ações estratégicas, indicadores de meta quantitativas para os setores da administração, observando as diretrizes da campanha eleitoral. O conteúdo do programa de metas deverá ser debatido em audiências públicas 30 dias após a sua apresentação.
Programa de metas (II)
O projeto de lei ainda estipula a divulgação semestral dos indicadores de desempenho. No fim de cada ano, os governos executivos devem divulgar os relatórios referentes à execução do programa. Para que ocorram alterações nas metas programadas, o governo deverá justificar por escrito e divulgar amplamente as mudanças. As metas devem servir para promover o desenvolvimento justo e sustentável, priorizando a qualidade de vida para todos os seus habitantes, disse a deputada. O projeto tem prioridade e está atrelado ao PL 3458/04. Ambos serão analisados pela comissão antes de serem votados pelo plenário.
Mais urnas
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai adquirir 117.835 novas urnas eletrônicas para utilização nas Eleições Municipais de 2012. As urnas são do modelo UE 2009, o mesmo das 194.665 urnas fabricadas para as Eleições Gerais de 2010. Segundo o TSE, a compra antecipada possibilitará uma economia estimada em 30%, uma vez que aproveitará licitação pública realizada em 2009, que resultou na contratação da empresa Diebold para fornecimento pelo preço unitário de R$ 1.214,58. Com isso, as novas urnas custarão R$ 143 milhões.
Biométrico
As urnas de modelo UE 2009 já contam com o leitor biométrico acoplado para a identificação do eleitor por meio das impressões digitais. Nas eleições de 2010, mais de um milhão de eleitores de 60 municípios de 23 estados brasileiros registraram seus votos em urnas eletrônicas com o leitor biométrico acoplado. Esses eleitores foram liberados a votar após o reconhecimento de suas impressões digitais, previamente cadastradas. O objetivo é garantir ainda mais segurança à votação, já que será tecnicamente impossível um eleitor votar por outro.
Agenda de Dilma
A presidente Dilma Rousseff já tem uma agenda das suas primeiras viagens internacionais. Serão para a Argentina, o Uruguai, os Estados Unidos e a China. Dilma também pretende ir ao Peru e à Bulgária, mas as datas ainda estão sendo fechadas pelos ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. Essa relação são estratégicas e sentimentais — no caso da Bulgária, terra natal do pai da presidente. Dilma conversou com a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, por cerca de 15 minutos durante a fila de cumprimentos, no Planalto. Logo depois das eleições, assessores de Dilma e do presidente norte-americano, Barack Obama, acertaram uma reunião entre ambos para o primeiro semestre deste ano. Os temas do encontro vão desde uso de energia limpa até direitos humanos.
Em alta
Depois de Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, quem mais desviou os olhares da multidão — na Praça dos Três Poderes e pela TV — foi a vice-primeira-dama, MARCELA TEMER, mulher do vice-presidente Michel Temer. Apesar de discreta nas atitudes, sua beleza chamou a atenção. A bela já foi miss no interior paulista e hoje é formada em Direito.
Em baixa
No seu primeiro discurso como governador do Paraná, Beto Richa disse que se sente envergonhado por 296 dos 399 municípios estarem abaixo da média brasileira do ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO, o IDH. E olha que a média brasileira não é lá essas coisas. Portanto, prometeu trabalhar para acabar com esse abismo.
