Franklin de Freitas

A doação de sangue é um ato de comprometimento social com o próximo. Uma única doação pode salvar até três vidas. Por isso, é importante manter o estoque de sangue para todos em tratamento crônico, como anemias severas e hemofilia, ou para tratamentos agudos, como acidentes e cirurgias. Esta quarta-feira, 14 de junho, é o dia mundial do doador de sangue.

Pensando em um cenário ideal para a boa manutenção dos estoques de sangue, João Ribas, professor e coordenador do curso de biomedicina da Faculdade Herrero indica que cada pessoa doe sangue pelo menos duas vezes ao ano — homens pode doar até quatro vezes, com intervalo de 60 dias e mulheres até 3 doações por ano, com intervalo de no mínimo 90 dias.

Ribas explica que para doar, inicialmente, é preciso ter vontade de ajudar o próximo, estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos completos, pesar no mínimo 51 kg, estar devidamente descansado, alimentado e hidratado, além de apresentar documento de identificação.

O coordenador declara que se a pessoa está com sintomas gripais, diarreia, gestante, está amamentando, possui tatuagem, micropigmentação, piercing, fez procedimento estético utilizando toxina botulínica, tratamento dentário, está em crise alérgica, tem diabetes ou está em utilização de alguma medicação antibiótica, tem hipotireoidismo, faz ou fez aplicação de testosterona ou outro hormônio anabolizante, passou por algum processo cirúrgico ou tomou vacina, pode doar. “Apenas respeitando o período mínimo entre o procedimento/doença e a doação”, afirmou ele.

IMPEDIMENTOS PARA SER DOADOR
O professor também esclarece que “se você apresenta ou apresentou hepatite viral após os 11 anos de idade, é diabético insulinodependente, tem ou está em tratamento de epilepsia ou convulsão, doença renal, antecedentes de neoplasias, derrame, evidência clínica ou laboratorial de HIV, Hepatites B e C, HTLV I/II, Doença de Chagas ou passou por cirurgia bariátrica, nestes casos não poderá doar sangue, mas pode ser um grande incentivador da doação”.

Ribas esclarece que “o Biomédico tem uma habilitação chamada de Banco de Sangue. Isso quer dizer que o biomédico que optar por essa área em sua formação poderá atuar diretamente no banco de sangue, desde as partes iniciais de orientação e recepção até coleta, análise do sangue, separação dos componentes sanguíneos e exames conhecidos como pré e pós transfusionais, sendo um elo bastante importante no ciclo do sangue”. “Campanhas como o junho vermelho são extremamente importantes para a conscientização das pessoas sobre a doação de sangue. Mas precisamos de sangue em todos os meses do ano, por isso a importância da doação consciente e constante”, finaliza o coordenador de biomedicina da Faculdade Herrero.