As comunidades tradicionais negras e de remanescentes de quilombos paranaenses vão receber mais atenção do Estado e do Ministério Público neste ano. Ações específicas voltadas a essas comunidades serão desenvolvidas. São 86 grupos de quilombolas em todo o Estado. Entre as ações anunciadas estão a construção de 200 casas pela Cohapar, em parceria com a Copel e a Sanepar, reforma e construção de escolas, além da criação de grupos de trabalho em várias áreas, como saúde, criança e adolescente, meio ambiente e agricultura. Uma vez por mês uma reunião vai avaliar e discutir o andamento dos projetos e para planejar novas ações. A intervenção do Ministério Público do Paraná em relação às comunidades quilombolas teve início em julho do ano passado, quando o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Direitos Constitucionais promoveu encontro com as comunidades Adelaide e Castorina, em Palmas, para conhecer a realidade, o modo de organização e os problemas que enfrentam na luta pelos direitos sociais. Em 22 de julho, a Procuradoria-Geral de Justiça, os Centros de Apoio de Direitos Constitucionais e do Meio Ambiente, Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos, INCRA, Polícias Militar e Civil e organizações não-governamentais também se reuniram para debater o tema. Em 28 de agosto, foi realizada audiência pública no Vale do Ribeira, com a presença de representantes das 13 comunidades tradicionais quilombolas do entorno, sob a coordenação do CAOP dos Direitos Constitucionais. Por fim, em 25 de novembro, foi realizada audiência pública do projeto “Ministério Público Social”, em Adrianópolis, que reuniu cerca de 250 pessoas, entre as quais representantes das comunidades quilombolas.