As rampas para acesso de acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais estão longe de cumprir a norma de segurança NBR9050, estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que prevê que as estruturas devem obedecer a critérios específicos, como inclinação, largura, quantidade de corrimões, entre outros. A conclusão é do engenheiro mecânico e consultor em acessibilidade Sérgio Yassuo Yamawaki, em análise de várias cidades do país. “Mais de 90% das rampas não atendem completamente às normas. Se a inclinação está correta, a largura mínina não está, e assim por diante”, explica. A principal razão apontada por Yamawaki está no desconhecimento das normas da ABNT.

            A mesma informação é confirmada pela Associação Paranaense de Deficientes Físicos do Paraná (ADFP). “Quem não tem habilidade com a cadeira da rodas, por exemplo, sente-se inseguro em subir uma rampa que não está adequada, muitas vezes necessitando de ajuda de terceiros. As ferramentas de acessibilidade devem justamente garantir que as pessoas com dificuldade de locomoção em qualquer grau sejam independentes e possam ir e vir com segurança”, conclui Mauro Nardini, presidente da ADFP.   

            Uma das soluções para o problema será apresentada no próximo Fórum Permanente de Acessibilidade do CREA-PR, realizado pela Prefeitura Municipal de Curitiba, no próximo dia 17/7, no Salão de Atos do Parque Barigui, a partir das 13h30, com a exposição de uma plataforma elevatória de acessibilidade. Segundo Yamawaki, além de ocupar um pequeno espaço físico, ela não modifica a arquitetura do local. Outra vantagem é que a plataforma já vem assegurada pela norma internacional de segurança e ergonomia ISO 9386-1.

            Entre os demais temas que serão abordados no Fórum estão os novos equipamentos e tecnologias para reabilitação, acessibilidade em equipamentos urbanos municipais, novas propostas no transporte público quanto à acessibilidade, plano de arborização urbana e a atuação da Assessoria Especial de Assistência à Pessoa com Deficiência da Prefeitura.