ITALO NOGUEIRA E CAMILA MATTOSO, ENVIADA ESPECIAL
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O comitê organizador Rio-16 abriu uma exceção para que o prefeito Eduardo Paes (PMDB) carregasse nesta quarta-feira (3) a tocha com o fogo olímpico. A entidade havia definido como regra vetar políticos entre os condutores.
O COI (Comitê Olímpico Internacional) não tem uma regra para o evento. O comitê organizador da atual edição, porém, havia decidido não convidar políticos para participar do revezamento.
“O comitê organizador tem uma regra de que nenhum político filiado a partidos pode conduzir a tocha. A única exceção é o prefeito da cidade, que recebe os Jogos e fez parte de toda organização”, afirmou a Rio-2016.
A regra já havia sido driblada anteriormente. A ex-jogadora de vôlei Leila, filiada ao PRB e secretária de Esporte, Lazer e Turismo do Distrito Federal, foi a última condutora da tocha no dia da chegada ao Brasil. O comitê afirmou que a escolheu porque ela é ex-medalhista olímpica.
Já o secretário municipal de Esportes de São Bernardo, José Alexandre Devessa, foi barrado do evento quando já vestia o uniforme e estava prestes a embarcar no ônibus da organização.
O comitê organizador convidou também o ex-prefeito César Maia, que participou do início da candidatura do Rio para sediar os Jogos. Ele não aceitou o convite.
EDIÇÕES ANTERIORES
Paes não é o primeiro a capitalizar politicamente a chegada da tocha à cidade-sede.
O ex-prefeito de Londres Boris Johnson não participou do revezamento na Olimpíada de 2012, mas promoveu um enorme show no Hyde Park com a presença de 60 mil pessoas. Ele discursou na chegada do fogo olímpico ao local.
O ex-prefeito de Sidney Frank Sartor participou do revezamento da tocha em 2000.