NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), Décio Oddone, afirmou nesta quinta-feira (19) acreditar que haverá disputa por todas as oito áreas do pré-sal que serão licitadas na próxima sexta (27).
A ANP realizará a segunda e a terceira rodadas de licitação de áreas do pré-sal. Se todas as áreas forem vendidas, o governo arrecadará R$ 7,75 bilhões.
“Acho que haverá oferta pelas oito áreas e que haverá disputa acirrada por algumas delas”, afirmou Oddone, em entrevista após a posse de Cesário Cecchi na diretoria da agência.
Na segunda rodada do pré-sal, serão oferecidas quatro áreas chamadas unitizáveis —pedaços de jazidas já descobertas que se estendem para além das concessões atuais. Na segunda, são quatro áreas exploratórias, ainda sem descobertas.
A ANP habilitou 10 empresas para a primeira rodada e 14 para a segunda, entre elas a Petrobras e as gigantes globais Exxon, Shell e Total. Algumas delas se repetem nas duas listas.
Nesta quinta, a agência anunciou mudanças no leilão, permitindo que eventuais áreas sem oferta sejam colocadas novamente em disputa ao final de cada rodada.
O objetivo é evitar que erros nas propostas impeçam que empresas arrematem áreas, como ocorreu na 14ª rodada de licitações, realizada no final de setembro.
“Se houver algum erro, daremos uma segunda chance para que seja corrigido”, disse Oddone.
Segundo ele, o governo trabalha agora para viabilizar a 15ª rodada de licitações do pós-sal, que deve ser antecipada para março de 2018.
Para este leilão, a ANP reduzirá o número de áreas —a 14ª teve 287 ofertas e, apesar do recorde de arrecadação, de R$ 3,8 bilhões, apenas 12,8% das áreas oferecidas foram arrematadas.
A ideia agora, segundo Oddone, é oferecer menos de 100 blocos. A ANP dará início também a uma nova política de estabelecer regras e contratos diferentes para áreas em terra e no mar.