Policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), em conjunto com policiais de 10ª Subdivisão Policial de Londrina, prenderam na manhã de ontem, na Vila Cazoni, naquela cidade, um empresário de 50 anos, acusado de receptação de componentes sem identificação provenientes de veículos roubados. O acusado foi identificado a partir da investigação da DFRV, que descobriu uma quadrilha que roubava caminhonetes em Curitiba e mandava peças para serem vendidas em Londrina. Segundo a polícia, o ferro-velho de propriedade dele vendia algumas dessas peças.
O esquema pode ser uma maneira das quadrilhas que atuam na Grande Curitiba fugir da fiscalização mais intensa desenvolvida pela DFRV nos Últimos anos, e que atacou com mais vigor os desmanches e ferros-velhos atrás de irregularidades. Levar o produto do roubo para outras regiões é uma maneira de escapar desse flagrante.
Em Londrina foram encontrados nove componentes de veículos, sendo que quatro cabines, dois motores e uma caixa de cambio eram referentes a caminhonetes. “Todas as peças estavam sem a identificação de fábrica e eram expostas para venda, o que caracteriza crime de receptação qualificada” explica o delegado operacional de Subdivisão, Lanivilton Teodoro Moreira.
Para o delegado-adjunto da DFRV, Geraldo Celezinski, todas as evidências a partir das investigações realizadas em Curitiba, demonstravam que a quadrilha especializada em roubos de caminhonetes levavam os veículos para Joinvile (Santa Catarina), e para Londrina. Duas equipes foram para essas cidades para localizar os prováveis locais de desova dos veículos roubados.
“A idéia dos marginais é dificultar o trabalho da polícia e alimentar o mercado de peças ilegais em algumas regiões com demanda para alguns tipos de veículos. A polícia continua com um trabalho eficiente de repressão a essas quadrilhas efetuando prisões como esta em Londrina”, disse o delegado Geraldo.
As investigações continuam para localizar outros locais usados para venda ilegal de peças de veículos roubados. Depois de ouvido, o dono do ferro-veljo foi autuado em flagrante por receptação qualificada e pode pegar de três a oito anos de prisão. Ele aguardara a decisão da justiça no Setor Temporário de Carceragem da 10ª Subdivisão em Londrina.